sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O poder de uma velha

50 anos... Madonna provavelmente já passou da metade de sua vida. Mas pra falar a verdade, se der mole essa mulher ainda vai estar loira e boazuda com 110 anos e abrindo as pernas como uma menina de 17. Talvez meus netos ouçam Madonna como se ela fosse contemporânea deles.

Eu fui ao segundo show que a Madonna fez no Rio nessa turnê Sticky and Sweet, dia 15 de dezembro. Fiquei mega muito longe pá cacete, mas pelo menos não fiquei amassado no meio de um monte de homens de sexualidade discutível. Fui com a minha caloura, Stephanie, que tinha acabado de ser reprovada na prova prática da auto-escola e estava bastante chateada.

Meu dia começou com uma ótima refeição no Bandejão Central da UFRJ. Sim, no dia 15 de dezembro ele foi inaugurado e eu não podia perder isso por nada! Só pra galera da Praia Vermelha ficar sabendo, o bandejão é maravilhoso. Bonito, amplo, com ar-condicionado e a gente não come literalmente na bandeja, como na UFF ou numa cadeia, a gente come num prato de verdade e tem até sobremesa. Na inauguração o “cardápio” foi arroz, feijão, bife à milanesa, repolho e beterraba. Na hora de passar pelo repolho a mulher que estava servindo ficou triste e disse: “Poxa, repolho ninguém quer”. Por que será? De sobremesa tinha uma tangerina e dois Bis brancos. Saí do bandejão satisfeito e realizado. Eu mal acreditava que finalmente o Bandejão Central estava inaugurado. O problema é que ele ainda não tem cozinha, então a UFRJ contrata uma empresa para fazer a comida e transportar até o Fundão, mas a cozinha deve ficar pronta até o ano que vem. Vamos ver, né? A UFRJ é mestre em dar prazos e não cumprir.
(É lindo o nosso bandejão)

Quando saí do bandejão fui pro estágio, embora estivesse de férias, e lá a estagiária que estava trabalhando me contou que o bandejão da UFF era um nojo e nós fomos buscar uns vídeos dele. Sintam o naipe do lugar.



Saindo do estágio, fui pra estação do metrô de Del Castilho, onde eu encontraria a Stephanie para irmos ao show. Marcamos às 16h e ela atrasou 40 minutos. Chegamos ao Maracanã e pegamos uma fila relativamente pequena. Logo abriram os portões, nós entramos e não tivemos nenhum inconveniente. Na verdade tivemos dois inconvenientes: a Ruffles a 7 reais e o ice a 10 reais, o que nos impediu de ficarmos bêbados.

A Madonna atrasou 1h40 e deixou a galera impaciente. O estádio vaiou, xingou de piranha em coro e cantou o clássico “Ei, Madonna! Vai tomar no c*” (isso é um blog de família, não tem palavrões). Xingar a Madonna foi uma realização pessoal. Saí do Maraca com a alma lavada.

Não vimos praticamente nada, o que me levou a tomar a decisão de comprar o DVD da turnê pra e saber exatamente como foi o show. Quando sair eu compro. O interessante é que tinham várias coisas que surgiam e desapareciam do nada. Tinham duas telas semicirculares que toda hora apareciam e sumiam sem explicação. Pessoas também. Num momento tinham 5 Madonnas na extensão do palco e no outro só tinha a Madonna original.
(Está vendo a Madonna? Nem eu)

Fora esses detalhes o show foi excelente, mas talvez fosse melhor ter pago um pouco mais caro pra ficar mais perto. O desagradável mesmo foi ter descoberto dias depois que os cambistas estavam vendendo ingressos verdadeiros a 30 reais pra área VIP na porta do Maracanã porque estavam levando prejuízo, sendo que o ingresso na bilheteria era 1200 reais.

Isso devia ter acontecido com esses cornos na final da Libertadores. Odeio cambistas!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

A chegada das férias

Depois de uma semana paradona, sem muita movimentação na ECO, o clima geral já é de férias. Um Lacombe aqui, uma Suzy ali e todo mundo quer receber a alforria (leia-se nota acima de 5) de final de período.

Como nada de muito interessante aconteceu na ECO e eu fiquei a semana passada inteira sem postar, vou contar uma experiência que eu passei no meu estágio. Primeiro eu já deixo claro que meu estágio é o melhor do mundo. E essa história aí que dizem que eu não trabalho é tudo intriga da oposição. Eu trabalho sim, mas como eu amo o meu trabalho, ele vira muito mais uma diversão do que um trabalho mesmo.

Semana passada, na quinta-feira, eu tive que ir ao Consuni (Conselho Universitário, a instância máxima de decisão da universidade) acompanhar a apresentação dos slides dos projetos previstos para a Ilha do Fundão de acordo com o Plano Diretor, que já é mais real do que muita gente imagina na Praia Vermelha. Acho que o auge da apresentação foi quando a Carol, que, como representante do DCE, possui voz e voto no Conselho, disse pro arquiteto que ele estava projetando a Ilha da Fantasia. Em off pra mim ela ainda acrescentou que os slides da apresentação pareciam mais uma novela do Manoel Carlos.

As obras todas devem começar já no ano que vem, mas nós sabemos muito bem que a UFRJ é mestre em postergar prazos. Vide CPM I e II. Quem quiser conhecer o Plano Diretor da universidade em imagens, pode baixar os slides, que estão em formato PDF nesse link:

http://www.poli.ufrj.br/arquivos/planoufrj2020.pdf

Infelizmente não tem os vídeos, mas se o pessoal de TI da Poli disponibilizar, eu ponho o link aqui também.

Mas depois ainda teve mais. O Consuni me tomou muitas horas, então, quando eu voltei pra redação do site, já tinha passado da hora de pegar o ônibus da UFRJ que leva pra Praia Vermelha. Além disso, um professor me ligou dizendo que o trem de levitação magnética que eles desenvolvem estava ligado e sendo apresentado. Mal conseguia acreditar que eu finalmente ia ver aquele troço funcionando. A estagiária da tarde, Vivian, chegou na hora que eu estava saindo pra ver o trem e eu a chamei pra ir junto.

Chegando lá, o Laboratório de Supercondutores estava cheio de engravatados. Estranhamos, pois professores não andam assim. Os caras eram na verdade executivos da Vale que estavam lá pra conhecer a tecnologia e, quem sabe, investir no desenvolvimento dela. É por isso que a Escola Politécnica tem dinheiro e a Escola de Comunicação não. Lembrando que já foi decidido em assembléia geral da ECO que os estudantes NÃO queriam que a Globo financiasse algumas coisas da Escola, como as CPM I, II e III.

Um dos professores que trabalha no projeto nos levou até o circuito para mostrar o trem funcionando. Incrivelmente, ele não precisa estar nem ligado pra flutuar. Um campo magnético formado entre o ímã (o próprio trilho) e o supercondutor (no trem) só precisa de resfriamento a uma temperatura absurda pra funcionar, o que é feito com nitrogênio líquido.

Legal também foi quando os professores fizeram um experimento mostrando o princípio do funcionamento para os executivos da Vale. Eles colocaram um ímã pra girar em cima de um supercondutor resfriado a -190ºC com nitrogênio líquido. Eles jogavam o nitrogênio e ele ia fervendo bem à nossa frente, fervendo igual água na panela mesmo, com bolhas e tudo. Mas a -190ºC. Um dos engravatados lá chegou a colocar um cartão da Vale entre o ímã e o supercondutor pra comprovar que não tinha nada mesmo.

Vejam o vídeo do trem.



Na curva o trem balança porque o trilho foi feito pra ele balançar mesmo. Os cientistas queriam estudar o comportamento dele em situações de trilho danificado e/ou irregular.

Agora um vído do experimento com o ímã e o supercondutor.



Os flashes ficam por conta dos executivos da Vale, impressionados com a tecnologia.

Mas isso vai além dos laboratórios da universidade. A UFRJ já projetou uma ligação entre Galeão e o Santos Dumont passando pelo Fundão. Os custos da construção e da manutenção desse trem são menores que os do trem comum, que são menores do que os do metrô, ou seja, nada impede a implementação real desse modelo na cidade do Rio e em muitas outras metrópoles do mundo.

Isso é UFRJ. Isso é o que uma unidade bem financiada pode fazer. Quando será que o governo vai parar de roubar pra investir seriamente onde tem que investir?

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

A Revolução Não Será Televisionada

A revolução começou. Silenciosa, no meio da madrugada. Enquanto o mundo dormia, um grupo de estudantes munidos de idéias e cheios de atitude resolveu, de comum acordo, pôr um basta numa situação que não lhes agradava.

Naquela noite a nação dormiu tranqüila, sem saber que, quando acordasse, estaria vivendo num mundo diferente, onde a classe dominante não seria mais a mesma. Mal sabia a sociedade que aquele era o fim do discurso hegemônico. A madrugada de 19 de novembro ficará registrada para sempre como o dia em que o mundo testemunhou o que é possível fazer quando se tem garra e força de vontade.

Os líderes da Revolução de 19 de Novembro – Dario Maciel, Gabriel Medeiros e Gabo Vieira – elevaram aqueles que há tanto tempo estavam por baixo, esquecidos por aqueles que detinham o discurso hegemônico. Quando os donos do poder acordaram, descobriram que os rebaixados e esquecidos eram os dominantes agora.

O palácio já não era mais o mesmo. Pelos corredores o assunto era um só. Ninguém acreditava no que havia acontecido. A catedrática Suzy dos Santos, visivelmente abalada com a mudança radical nas estruturas de poder, cancelou o encontro que teria com os revolucionários, enquanto Consuelo Lins tentava fazer com que parecesse que nada havia acontecido, distraindo os membros do novo governo com produtos da Indústria Cultural. No Centro de Comando Acadêmico, os revolucionários falavam sobre a conquista do poder e sua luta para chegar ao Palácio da Praia Vermelha, retirando da posição de superioridade os antigos donos do discurso hegemônico.

A Revolução já trouxe inclusive conseqüências reais para os cidadãos. A junta que atualmente domina o discurso já tratou de levar ao ar um programa de auditório criado e apresentado por um premiado publicitário ligado ao novo governo. Nele, dois participantes concorrem entre si para que no final um dos dois saia com uma namorada. É a tentativa de reviver os valores familiares destruídos pelas antigas elites, que não conseguiam manter relacionamentos interpessoais.


Outra crítica muito forte dos revolucionários é quanto à imprensa tendenciosa que agia anteriormente. Grandes eventos gratuitos eram realizados ao ar livre para integrar os cidadãos, mas a imprensa os ignorava, fazendo com que quaisquer comentários a respeito fossem logo rebaixados e esquecidos. As antigas elites sempre se calavam sobre eventos populares. Entretanto, o estopim para a Revolução de 19 de Novembro foi a não realização da Festa dos Calouros. Conhecida como uma tradicional e folclórica festa de integração entre a população, a Festa dos Calouros foi sendo empurrada com a barriga e o seu cancelamento gerou uma irritação nacional, o que acabou gerando a revolução. Enquanto isso, mentirosos anúncios eram veiculados por todo o País assegurando sua realização. As antigas elites dominavam toda a imprensa.


Mas agora o mundo será diferente. A Revolução de 19 de Novembro traz novas esperanças ao povo, que dessa vez terá a oportunidade de falar e ser ouvido. O sol nasceu diferente no dia 19 de novembro de 2008. Ele finalmente nasceu para os menos favorecidos.

sábado, 15 de novembro de 2008

Mais um dia de aula normal na ECO

Ah, a ECO. Tem coisas que você só vê nessa faculdade. Em que outro lugar do mundo é possível encontrar uma faculdade em que a sexta-feira é pré-sábado? Que outra faculdade tem uma diretora que fala mal da classe de profissionais que sua Escola forma? Que outra faculdade tem uma biblioteca onde se faz tudo menos estudar? Enfim, só na ECO se vêem certas coisas.

Numa das apresentações de seminário de teoria da comunicação II aconteceu mais uma dessas coisas que só na ECO acontecem. Lucas, um dos calouros, se assustou e perguntou se aquilo era uma aula. Pois bem, Sampaio, Guga, Kim e Pieter eram os escalados para apresentar o seminário naquele dia e surgiram na sala com uma mesa, duas garrafas de cerveja, um cavaquinho e um pandeiro!

Quando Coutinho entrou na sala, parecia uma criança no reino mágico dos doces comunistas, feliz, pegou até o pandeiro pra brincar com seus alunos. Depois de uns sambinhas, o animado professor disse que seus alunos nem precisavam mais apresentar o seminário, que já tinham tirado 10. Boa estratégia, gente, muito bom. Quanto a mim, é melhor providenciar logo minha camisa vermelha com a foto do Marx.

A apresentação foi a cena do século. Um holandês tocando cavaco, um alemão batucando na mesa, um islandês tocando pandeiro, uma socialista na platéia e um marxista assistindo a tudo com os olhos brilhando. No decorrer da apresentação, quando Pieter começou a tocar “Com que roupa”, Coutinho não se conteve e pediu o pandeiro do Thor pra poder ele mesmo acompanhar. Não há dúvidas, esse grupo vai tirar 10.



O calouro Lucas, de tão assustado, filmou a cena

Aproveitando a onda de seminários, o que dizer do seminário de língua portuguesa do Mauro, Arthur, Sidney e Renato? Durante a fala do Mauro, Renato do nada se levantou, foi até o quadro, parou olhando pra frente, pegou o apagador discretamente e começou a apagar algo escrito atrás, sem se virar. Raquel começou a rir, Arthur Jacob começou a rir e quando eu olhei pra cara cínica do Renato, não agüentei. Tive um acesso de riso como há anos não tinha. Ninguém entendeu nada, mas a coisa começou a se espalhar e de repente a sala inteira estava rindo, mas só a Raquel, o Jacob, o Renato e eu sabíamos o por quê. A Deisiane ficou revoltada. Se emputeceu com a turma, reclamou de todo mundo e foi a única que ficou com a cara amarrada.

Essa mulher definitivamente não é feliz. A gente podia fazer uma vaquinha pra comprar uma piscina de 1000 litros pra ela relaxar durante o verão na laje de casa.

Então aconteceu que eu precisei sair da sala pro grupo poder continuar o trabalho normalmente. Só voltei depois que me recompus e ainda assim o Kim quase me fez ter outro acesso. O que ele fez? Só olhou pra minha cara e riu. Foi o suficiente pra eu ter que sair da sala de novo.

Só pra concluir, acabo de voltar do Maracanã (NENSE, 3X1!!!). Lá encontrei o Sidney e ele disse: “Cara, ainda nem comecei aquele trabalho da Suzy”. Ok, boa sorte então.

Isso me lembra que eu ainda tenho que terminar esse trabalho asqueroso que a Suzy passou. E só pra ficar registrado aqui, deixo a lista do que falta pra terminar o período:
  • 17/11 – Estudo Dirigido 3
  • 24/11 – Seminário de língua portuguesa
  • 24/11 – Prova de economia
  • 26/11 – Relatório 5
  • 28/11 ou 5/12 – Prova de linguagem audiovisual
  • Até 2/12 – Trabalho de psicologia
  • 4/12 – Seminário de teoria da comunicação II
Coragem, já ta acabando...

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Aventuras em São Paulo

Há 6 anos, quando eu comecei a acompanhar Fórmula 1, conheci um site chamado Grande Prêmio. Um site especializado em notícias sobre F1 e automobilismo em geral. Há uns 3 anos eles lançaram um concurso chamado “O Grande Estagiário”, mas como era só pra universitários não pude participar. No ano passado fizeram a 2ª edição do concurso, mas eu, por preguiça, não participei. E agora eis que eles surgem com a 3ª edição e eu, claro, não pude deixar a oportunidade passar de novo.

Mandei minha redação, com o tema obrigatório “A Crise Internacional e Eu”. Eu gostei muito da redação e senti que eu poderia ser selecionado com ela. Felizmente eu estava certo, ao final do período de envio das redações, vi meu nome divulgado no site como um dos aprovados para fazer a próxima fase da seleção. Ótimo! Mas... Essa fase seria realizada em São Paulo. Isso foi na quinta-feira e eu deveria confirmar presença até sexta-feira. Sendo que eu deveria estar na redação do site na segunda-feira seguinte às 8h da manhã. Meu pai, por algum milagre dos céus, aceitou bancar a viagem e eu pude confirmar presença.

Passei todo o final de semana ansioso pela viagem, ainda mais porque eu iria sozinho. Seria muito interessante ir a uma cidade diferente e me virar nela sozinho. Era algo que me parecia bastante divertido, ainda mais porque eu gosto muito de cidades. Eu não via a hora de viajar.

Desmaiei um pouco depois das 3h da manhã em Resende e acordei dentro de um engarrafamento. Não tive dúvida, eu estava em São Paulo. Olhei então para o belo céu roxo da cidade e... Roxo? Sim, leitores, o céu da cidade de São Paulo estava roxo. Uma tonalidade que eu nunca tinha visto no céu. O tempo estava meio nublado, eram 6h15 da manhã... E a Marginal Tietê já estava congestionada, claro. Pra que esperar até as 7h da manhã quando se pode começar um engarrafamento às 6h?

Na rodoviária do Tietê tomei um prejuízo de quase 5 reais pra beber um chocolate quente e comer um pão de batata que não era lá essas coisas. Segui as plaquinhas do metrô e encontrei uma fila. Sim, era a fila pra comprar passagem. A partir daí as comparações foram inevitáveis. Passei a comparar Rio e São Paulo o tempo inteiro. A fila pra comprar bilhetes no metrô de lá é mais organizada. Assim que cheguei na plataforma um trem saiu e segundos depois (sim, segundos, não levou nem um minuto) chegou outra composição com destino a um daqueles nomes estranhos que só São Paulo tem. Com um intervalo mínimo desses, era impossível o metrô sair mega lotadão como acontece aqui, em que o embarque no horário do rush parece uma evacuação de zona nuclear. A única estação mais cheia era a Sé, mas exatamente por isso, ela contava com seguranças nas portas e com uma espécie de portal para organizar o embarque. Metrô Rio precisa fazer um cursinho na cidade-do-céu-roxo. Ah, mas que fique bem claro que o metrô de São Paulo não tem ar-condicionado. Imaginem então se fosse cheio igual ao do Rio...

Após uma tranqüila baldeação na estação Paraíso (as pessoas não tentam matar umas às outras só pra conseguirem chegar na outra plataforma), cheguei finalmente à Avenida Paulista. Mas... Espera aí. Cadê a grandiosa e lendária Av. Paulista? Achei que eu fosse ser jogado numa selva de pedra com prédios imensos e fosse encontrar uma avenida com 4 pistas e 16 faixas de rolamento, todas elas engarrafadas, pessoas gritando, carros subindo nas calçadas, executivos mal-humorados sob o calor insuportável da poluição, essas coisas aí. Ledo engano. A Av. Paulista só tem duas pistas e 8 faixas. Não vi um engarrafamento sequer (mas isso eu acho que se deve ao rodízio), o trânsito andava na mais perfeita ordem, as calçadas eram largas, totalmente adaptadas para deficientes, muitos ônibus também eram, não tinha tanta gente assim e não estava calor. Isso eu estou falando da Av. Paulista, somente. Acho que a camada de poluição reflete os raios do sol. Às 8h da manhã o céu da cidade era branco. Simplesmente branco. Como se não tivesse céu. Não havia nuvens, era tudo um enorme branco.

Passei 6h dentro da Agência Warm Up fazendo as provas do processo seletivo e conversando com os jornalistas do site, Victor Martins e Marcus Lellis. Eram questões como:

  • Escreva o nome de todas as equipes e pilotos que terminaram a temporada de 2008 da F1. (Eu não consegui lembrar do David Coulthard).
  • Nome do chefe da Force India. (É Vijay Mallya, eu escrevi Vilaj. Só).
  • O que tem em comum Nelsinho Piquet, Romain Gorsjean e Scott Dixon? (Eu marquei que era o fato deles correrem por países diferentes do quais nasceram, Nelsinho nasceu na França, eu acho, Gosjean na Suíça e o Dixon eu não sei).
  • Quantos brasileiros correm atualmente na F-Indy? (Marquei 4).
  • Quem é o piloto de testes da BMW? (Christian Klien, alguém lembrava dele? Pois é, eu também não, como era discursiva deixei em branco).

Com menos de 1h de conversa eu já tinha me acostumado com o sotaque dos caras. Se fator social contar pra essa seleção, eu vou sair na frente, porque os outros dois candidatos ficaram bem acuados e não falaram quase nada. Um deles já era formado pela ESPM do Rio e estava participando pela segunda vez. Quando eu já estava terminando a última das provas, chegou o dono do site, Flavio Gomes. Desde que eu conheço o Grande Prêmio que eu sou fã do Flavio Gomes, mas eu não podia ficar pagando de tiete ali por dois motivos. Primeiro porque isso é ridículo. Segundo porque ia parecer que eu só tava querendo puxar o saco do cara pra ganhar a vaga. E se eu conheço o Flavio, ele deve odiar puxa-sacos.

Durante as minhas 6h na redação do site eu ouvi coisas interessantes como “Rubinho na Stock em 2009” e coisas bizarras como um diálogo que eu não pude ignorar. Assim que ele terminou eu anotei pra poder não esquecer:

Marcus Lellis – Tem alguma fofoca aí?

Victor Martins – Parece que uma revista disse que tem dois pilotos gays.

ML – Um é o Sutil, com certeza.

VM – Eu acho que é o Rosberg. Já viu como ele anda? (Victor levanta e imita Rosberg andando) É uma bichona. Ele anda rebolando, todo pimpão. (Pimpão?) Nakajima também. O outro parece que é o Button.

ML – O Button? (Surpreso)

VM – Pois é.

ML – O Button pegou a Érika.

VM – Puta! A Érika? Ainda bem que eu não vi essa cena.

(Segue uma breve discussão sobre os dotes estéticos da tal Érika)

VM – Cara, se só sobra eu e a Érika no mundo e Deus diz que a humanidade depende da gente pra continuar, eu respondo: “Então acabou aqui”.

Talvez Victor Martins esteja certo

No mesmo prédio onde funciona essa agência também funcionam o iG e a Jovem Pan. Infelizmente eu não consegui terminar as provas a tempo de ir à rádio e ver o Pânico. O Victor e o Marcus foram e voltaram rindo, dizendo que o Christian Pior é gay de verdade e que a Sabrina é ainda mais gostosa ao vivo. Eu ainda tentei ir lá pra ver se encontrava com a galera que me faz rir domingo à noite, mas não achei a rádio. Na agência os caras comentavam sobre o 22º, mas lá me falaram que era no 21º, onde também não tinha nada de Jovem Pan. Como meu intestino resolveu começar a revirar, eu achei melhor vir embora. Nem passei na 25 de Março pra comprar as muambas que eu queria.

No final das contas, estar em São Paulo, andar pela cidade (ainda que muito pouco), conhecer coisas novas, respirar novos (e poluídos) ares valeu como uma experiência de vida muito legal. Eu achei que fosse odiar São Paulo. Já cheguei lá com todos os preconceitos possíveis e imagináveis que um fluminense pode ter contra a capital paulista e fiquei surpreso ao ver que a cidade não é uma zona como a TV faz parecer. Eu, que sempre gostei de alimentar a rivalidade Rio X São Paulo, hoje vou dormir com uma mentalidade diferente, sabendo que ali na outra ponta da Dutra tem uma cidade muito legal, à qual eu pretendo voltar outras vezes.

Só pra concluir:

The Bias diz (09:20):
arthur, gostei da sua terra!

The Bias diz (09:20):
hahaha

Arthur Jacob diz (09:22):
uhahuahhuahua

Arthur Jacob diz (09:22):
vc gostou pq só ficou lá 1 dia

-------

Tá, né?

domingo, 2 de novembro de 2008

O tenebroso dia de finados

É... O próprio nome do dia já anunciava a tragédia que estava por vir nesse domingo. Eu não costumo escrever aqui nesse blog histórias que acontecem só comigo, mas esse dia foi tão tenebroso que eu não podia deixar isso passar.

Tudo começou às 9h15 da manhã, quando eu acordei. Tomei um banho, liguei o rádio para ouvir a Fórmula 1 (a Band News tava cobrindo tudo desde cedo) e fui à missa. Eu costumo ir à missa à noite, mas dessa vez eu resolvi ir de manhã. Eu tinha duas opções pra ir à missa de manhã, a primeira seria às 7h30 no Centro de Belford Roxo e a segunda seria às 10h num cemitério perto da minha casa, o que é uma tradição em dia de finados. Claro que eu escolhi a missa das 10h e lá fui eu a caminho do cemitério. Meus pais e meu irmão já tinham ido um pouco mais cedo.

O cemitério de Belford Roxo é um nojo. Túmulos violados, caixões e ossos expostos, tampões de cova podres que caem... Tudo de mais nojento está naquele cemitério. Só de pensar naqueles mosquitinhos pousando em mim eu tenho vontade de tomar um banho de álcool. Depois da missa, eu descobri que o meu irmãozinho querido arrumou um fêmur pra brincar. Quando ele disse que tinha desenterrado um osso, eu achei que fosse brincadeira, mas era verdade mesmo! Ele já tomou banho, mas eu ainda to com nojo dele. Segundo meus primos, ele também pegou pedacinhos de vela pra ficar atirando num crânio que ele achou por lá. Ele sim deveria tomar um banho com álcool! (Só pra constar, ele tem 13 anos, não é nenhuma criança).

Depois disso, seguimos todos pra casa da minha avó, onde almoçamos em família e descansamos um pouco antes da corrida. Corrida? A decepção do meu domingo. Tudo ia correndo bem. Faltando 10 voltas pro final eu já tava meio conformado com o título do Hamilton e sabia que só um milagre salvaria o Felipe Massa. Mas eis que o milagre veio na forma de chuva. Nunca torci tanto prum alemão quanto torci pro Vettel nessa corrida. Quando ele passou o Hamilton eu pulei, gritei, bati palma e fiquei em pé esperando a corrida acabar. Mas ninguém contava com o Timo Glock entregando os pontos na última curva, literalmente. E igualmente ninguém notou quando isso aconteceu.

Felipe Massa comemorou o título.
As arquibancadas comemoraram o título.
A Ferrari comemorou o título.

Mas o Hamilton conseguiu o 5º lugar de que precisava e levou o título mundial. Até agora passa na minha cabeça a imagem horrível do pai do Massa comemorando com a Ferrari e depois fechando a cara após descobrir que o Hamilton tinha chegado em 5º, ainda abraçado com todo mundo. Eu preferia que a chuva não tivesse vindo. Se tudo tivesse ficado do jeito que estava antes, com o Hamilton em 4º, eu não teria tido a esperança real do Massa conquistar o título e não teria ficado tão decepcionado quanto eu fiquei.

Mas o dia não estava acabado. Nada disso. Desgraça pouca é bobagem num dia de finados. Conversando com a Aninha no MSN depois da corrida, diante da revolta dela com a derrota parcial do Botafogo por 1X0 para o Atlético MG, eu disse: “agora só falta o fluminense perder pro vasco hoje”. Acho que não é preciso dizer mais nada, né? Mas uma coisa me consola. Meu primo que torcia pro Hamilton foi ao Maracanã torcer pelo Fluminense. Ou seja, ele não viu o Hamilton ser campeão e ainda viu o Fluminense perder pro Vasco, bem feito!

Por fim, só porque nós tínhamos marcado praia pra essa segunda-feira, as nuvens chegaram com direito a trovoadas e tudo e agora a chuva que deu e depois tirou o título do Massa chega aqui ao Condado de Belford Roxo, no Reino Tão Tão Distante.

Melhor eu dormir pra mandar esse climão pesado de finados embora.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

As eleições não acabaram

Há centenas de milhares de cariocas e fluminenses insatisfeitos com o resultado das eleições para prefeito ocorridas na cidade no último domingo. Há 1 milhão e 600 mil eleitores insatisfeitos, pra ser mais preciso. Insatisfação é natural na democracia, se o grupo maior vence e o menor perde, é natural que o perdedor fique insatisfeito.

Pois a insatisfação com o resultado apertadíssimo das eleições no Rio (o mais apertado na História da cidade) levou um grupo de pessoas a organizarem uma manifestação no Centro da cidade na sexta-feira, dia 31 de outubro. Na verdade, a insatisfação não é exatamente com o resultado, mas com os meios que foram utilizados para se chegar a ele.

Já foi criado um blog e uma comunidade no orkut para informar e convocar as pessoas à manifestação. O movimento tem como premissas ser pacífico e apartidário, tanto que eles não estão buscando apoio de partido nenhum.

Vale a pena dar uma olhada na comunidade e no blog:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=74069409
http://pro-democracia.blogspot.com/

Eu, como todos os leitores desse blog devem saber, não voto no Rio, mas passo 3/4 do meu dia útil na cidade então, se rolar um movimento da galera da ECO pra comparecer à manifestação, é fato que eu vou estar junto.

No melhor estilo "A revolução não será televisionada", vamos à Cinelândia!

sábado, 25 de outubro de 2008

Semana cheia na ECO e fora dela

Acabou ontem mais uma ótima semana na ECO. E ela foi cheia de acontecimentos. Seminário de psicologia, show da Danni Carlos, seminário do Coutinho, prova da Consuelo. Putz, como eu corri essa semana.

O seminário de psicologia deve ter sido um dos mais fanfarrões que eu já fiz na vida. Eu comecei a ler os textos no dia anterior, cheguei lá na frente e falei. Acho que esse trabalho só é superado por um de merchandising que eu fiz no curso técnico em que uma colega ia lendo tópicos e eu tinha que explicar na hora o que era cada um deles. Aquilo foi tenso, mas no final deu tudo bem, como sempre. Por exemplo, eu quero fazer hoje o relatório da Suzy e a prova do Coutinho. Nem peguei as xerox (xeroxes?) pra ler ainda, mas sei lá como, no final tudo dá sempre certo.

Na quarta-feira o show da Danni Carlos foi uma das coisas mais exóticas que eu já vi naquela faculdade. Colocaram uma mulher muito louca pra tocar no pátio interno do Pinel junto com os internos do hospital (vai ficar feio se eu disser que eles são loucos/malucos/doentes mentais? Acho que vai, né?). Sensacional. Ela cantou várias músicas de artistas e bandas conhecidas e pôs algumas composições dela no meio. Gostei dela e das músicas dela. Também achei muito legal quando ela recebeu uma camisa de uniforme de um dos internos e vestiu, não só eu achei como muitas outras pessoas também acharam e ela foi aplaudida nessa hora. Eu percebi que ela parecia sentir muito prazer em cantar Wonderwall. Sim, ela parecia uma louca em todas as músicas, mas quando ela cantou Wonderwall me pareceu que ela sentia alguma coisa diferente com essa música.

Na quinta teve o primeiro seminário do Coutinho. Será que só eu percebi que ele olhou pro Mauro Petti com uma cara muito estranha quando leu “Mauro” no papel e o Mauro disse que era ele? Hauhauhauh. De qualquer forma eu to ferrado mesmo. Vou ter que ler o Manifesto Comunista, decorar O Capital e arrumar uma camisa onde esteja escrito “Ich liebe Marx” (http://translate.google.com/translate_t#) para apresentar o seminário. Mas uma menina do 4º período me disse ontem que apresentou com uma camisa de I ♥ NY. Mas ela é uma seqüelada total (e também dona do blog 740-d, que tá num link ali à direita). Por fim, sexta-feira foi o dia mais temido da semana, a prova de Picaretagem Audiovisual. Como nenhum fanfa sabia nada (afinal, há coisas melhores do que ver os filmes pseudos da Consuelo, como dormir), a semana toda foi um desespero total. Era gente correndo pra Wikipédia, pegando provas anteriores com outras pessoas, lendo resumão até tarde na quinta-feira, gravando aula no MP3 (e distribuindo no Rapidshare)... Enfim, foi o maior esforço coletivo contra a redução em massa de CR da história desse país. E no final das contas, mais uma vez deu tudo certo, pelo menos pra mim. Ou talvez nem tudo tenha dado tão certo assim, já que eu disse que Eisenstein era o do Encouraçado Potemkin e que ele não gostava do Vertov porque achava os filmes do Vertov vazios, é isso mesmo?
Pra terminar a semana, ainda fui chamado pela turma do laboratório de pesquisa de marketing pra ajudar numa pesquisa sobre a cidade do Rio de Janeiro. Começou com um grupão enorme, mas no final das contas só ficaram o Vlad, o Renato e eu na sala discutindo a cidade. Aliás, faço aqui um adendo que eu nunca vi o Renato falar sério por tanto tempo seguido. Antes da gente até que teve uma garota de pedagogia que ficou bastante tempo também e foi aí que o debate ficou mais interessante. O Renato com a visão da Zona Sul, o Vlad com a visão do subúrbio (Bangu), eu com a visão da Baixada (mas de alguém que atravessa a cidade inteira todo dia) e a menina da pedagogia com a visão de uma favela de Jacarepaguá. Foi muito interessante ver como cada um pensa e as soluções que cada um apresenta pra cidade. Naquele momento eu só conseguia pensar como seria bom se um dos candidatos a prefeito do Rio estivesse naquela sala ouvindo o que nós estávamos falando. Pelo menos a professora disse que entregaria aquele material pro prefeito eleito no final do ano e espero que ela faça isso mesmo, porque dessa discussão saíram muitas coisas que os políticos não vêem ou fingem não ver. A discussão durou 2h45! E foi muito boa. Por fim, o Gustavo tinha me dito que a professora desse laboratório era totalmente surtada, mas até que eu gostei dela. Ela parece meio doida mesmo, mas foi legal com a gente.

E acho que é isso. Semana longa, post longo. Comentem aí, gente. Nem que seja um “eu li”, valeu?

sábado, 18 de outubro de 2008

Post desfibrilador

Aqui vamos nós de novo. Depois de 21344 dias sem postar nesse blog, volto a escrever por aqui. Ainda estou meio sem assunto, mas tenho certeza de que logo eu vou ter muito. Por enquanto escrevo com uns pensamentos de alguém que acabou de comer, está com sono e ainda precisa sobreviver até as 5h da manhã pra poder assistir ao GP da China de F1.

Mas vamos à ECO...

Cacete, setembro passou voando, já estamos nos encaminhando pro final de outubro, sexta-feira que vem tem prova de Picaretagem Audiovisual I e amanhã já é Natal! Em vez de estudar pra essa prova tenebrosa que vem aí, eu fiquei jogando SimCity 4 o dia inteiro. É incrível o potencial vicioso desse jogo. Eu devia processar a Maxis por danos mentais. Ou tomar vergonha na cara e estudar, mas isso não é uma opção.

Bem, começamos as ECOlimpíadas 2008.2 e já estamos tendo problemas na organização. Pra diminuir a chance de ter esses problemas, o COECO resolveu delegar funções para dois representantes de cada turma. Eles deveriam coletar inscrições e o dinheiro, mas nós não contávamos com a falta de vontade das pessoas em participar e em ajudar a organizar o evento esportivo interno mais bombante da ECO. Suspendemos as competições por uma semana e vamos recomeçar tudo na segunda-feira que vem. Será que agora as coisas vão andar? É esperar pra ver. Ah, sim, esse blog não é mais o oficial das ECOlimpíadas. O nosso bebê cresceu e virou um monstro com site próprio, o www.ecolimpiadas.com.

E trago algumas novidades quentes:

1 – O site do CAECO já tem um conteúdo definido e deve ser inaugurado até o final de outubro. Só posso adiantar que o Ventilador tem influência nisso e que, ao contrário do que possa parecer, o jornal não morreu.
2 – Talvez até o final do ano já teremos disponível pra todos os alunos o e-mail @eco.ufrj.br.

Levando a vida eu vou, apesar dos Coutinhos e Consuelos no caminho. Lembrando que esse post reinaugura o blog Memórias de Um Palácio. Em breve vem mais coisa por aí.

Ah, e não percam nessa terça-feira a grande partida de Winning Eleven no Laguinho. Preparem-se, porque vai ser de impressionar.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Como enlouquecer com um Ventilador

Ingredientes:
  • Junte um monte de alunos bem-intencionados numa bacia.
  • Acrescente pimenta do reino comunista.
Modo de preparo:
  • Faça com que todo mundo escreva além da conta.
  • Arrume um estágio pela manhã.
  • More a 50km da faculdade.
  • Entre na internet usando somente a conexão discada.

Essa é a receita infalível para se atingir a loucura durante o processo de criação de um jornal.

Passei as últimas duas semanas de agosto me dedicando quase que exclusivamente ao jornal O Ventilador, o jornal da ECO, pra quem ainda não sabe, que terá sua primeira edição no mês de setembro.

Eu ficava até tarde da noite conversando no MSN com o Arthur (o Jacob) discutindo coisas do jornal, trocando arquivos, corrigindo textos, fazendo sugestões, etc. E como eu tinha que acordar às 6h da manhã pra estar no estágio lá no Fundão e cumpria com esse compromisso, acabava me sobrando pouco tempo pra dormir. Resultado: eu dormia na aula mesmo, afinal, elas nem são tão úteis assim (alunos do Coutinho que o digam). E assim fui levando uma semana inteira na vagabundagem e me importando só com esse jornal. Era pra ter saído ainda em agosto, mas atraso vai, atraso vem, acabou ficando é pra setembro. Os principais problemas enfrentados:

Pimenta reacionária

Foi o primeiro e mais previsível dos problemas. A pimenta não reagiu muito bem com um dos ingredientes e acabou alterando um pouco o sabor final da receita. Perdemos um pouco do doce e quase demos lugar ao ácido, mas uma pitada de açúcar refinado resolveu o problema e o sabor doce prevaleceu. Que bom, afinal, ninguém ia querer uma receita estragada pelo ácido. Quem quer ácido chupa limão!

Fôrma errada

Precisávamos de uma fôrma onde coubessem as oito unidades que serviriam toda a ECO, mas um mal-entendido acabou resultando numa que só tinha metade da capacidade. Ligamos então pra outra confeitaria, que tinha a fôrma do tamanho que precisávamos e por um preço menor. Nem tivemos dúvidas, fechamos com eles.

Ferramentas inadequadas

Já estava tudo pronto. Toda a receita já na bacia, era só mandar pra confeitaria. Mas eis que eles não aceitavam receitas preparadas em recipiente Microsoft Publisher, somente em bacia Corel Draw, PageMaker, dentre outras mais adequadas ao trabalho. Resultado: tivemos que jogar fora toda a massa pra refazer em recipiente Corel Draw. Quem foi o corno que ficou incumbido dessa missão? Este que vos escreve, já que Arthur (o Jacob), o chef, não possuía recipientes adequados. Levei cerca de 7 horas para refazer tudo, afinal, é uma receita complexa. Ao final, a bacia Corel recusou e estragou duas das fases da receita, me obrigando a refazê-las no dia seguinte (já que já eram 4h da manhã e eu tinha que acordar às 6h).
No final das contas, quando só faltava mandar a massa pro forno, Amanda pediu para ver o estado geral da coisa e constatou: havia erros que deveriam ser corrigidos antes que a receita tomasse forma e fosse degustada em público. Corre pra lá, corre pra cá e 3 tentativas de correção falharam. A primeira por causa de uma ferramenta vinda diretamente do inferno chamada Mac. A segunda porque a confeitaria não aceitava recipientes jpg. E a terceira porque a ECO não nos permitiu introduzir em suas dependências um tempero fundamental chamado “fonte”. E nós não queríamos nossa obra sendo vista por aí com as fontes erradas.

Então mais uma vez adiamos nossa programação. Esperamos poder mostrar em público nosso esforço o mais breve possível.

-----------------------

Atenção, quando lerem o jornal, lembrem-se dos sacrifícios que fizemos pra que ele se tornasse realidade. Eu fui dormir 4h tendo que acordar 6h, pô! Eu não fazia isso nem quando tinha que entregar trabalhos com prazos impossíveis na FAU. Mas então é isso. Trabalhamos duro por ele e esperamos que vocês gostem.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Um dia de realizações

Na quinta-feira, dia 14, tive um dia cheio. Saí de casa às 7 e meia da manhã e só voltei mais de meia-noite. Foi um dia que eu tive muitas coisas pra fazer, sendo que uma visita a uma certa rádio nem estava programada.

Mini flash-back:

Tudo começou num belo dia, quando eu estava seguindo meu caminho para a ECO e vi um outdoor extremamente simples, mas que chamou a minha atenção. Acho que as únicas palavras escritas no outdoor eram:

Band News Fluminense FM 94,9
Em 20 minutos tudo pode mudar

Bem, só na primeira linha eu já encontrei todas as informações que eu queria. Uma rádio FM que passa notícia o dia inteiro? Sem aquele som AM irritante? Que ótimo! Então comecei a ouvir aquela rádio até então nova pra mim e quando eu dei por mim, já estava trocando meu MP3 pela Band News.

Com o tempo eu fui ganhando “intimidade” com aquela gente que ficava falando no meu ouvido o dia inteiro. Afinal, um certo clima de família paira no que se ouve, desde as conversas com José Simão, passando pelo “Acorda, Sandro Gama!” e terminando no “horário das corujas”.

Daí comecei a imaginar como eram as pessoas que me mantinham bem-informado, principalmente um tal de Ricardo Boechat, cujo nome eu conhecia por ouvir falar, mas a quem eu nunca tinha dado grande atenção. E naquela quinta-feira, 14, eu estava em Botafogo e tinha bastante tempo antes da aula na ECO, então resolvi dar uma passada na Rua Álvaro Ramos, 350. Foi uma decisão muito acertada, mas infelizmente não pude conhecer Rodolfo Schneider e Ricardo Boechat, que por enquanto, só conheço pela TV. Aliás, o Boechat ludibriou a audiência ao dizer nesse dia: “Como eu estou aqui, de frente pro mar”. “Oba, ele está aqui no Rio”, pensei. Que nada. Ele continuava na cinzenta capital paulista.
Mas pelo menos eu conheci Geórgia Christine (foto acima) e Patrícia Tinoco (foto abaixo), duas das vozes que estão sempre me informando, seja no trem, no ônibus, no estágio ou eventualmente nas aulas mais... sonolentas (Koyaanisqatsi). Elas são bastante simpáticas e foram muito receptivas comigo. Gostei delas. Teve também um funcionário que foi me mostrando a equipe e os estúdios das rádios que funcionam lá.
Foi um dia 100% bem aproveitado. Começando com a entrevista a um professor, continuando com a Band News, depois indo pelas aulas e terminando a noite no Engenhão, que eu, apesar de não ser botafoguense (sou tricolor com muito orgulho), tinha muita vontade de conhecer, porque sempre me pareceu lindo (e de fato é!).
No Engenhão estavam Aninha e eu com os calouros Gabriel, Preik e Inácio. No meu período não tinha essa integração toda entre calouros e veteranos. Foi bem divertido. Aninha no estádio parece até um homem. Xinga, grita, xinga, fica bolada, xinga, ouve o jogo no rádio, xinga e... Xinga. Gabriel fica enlouquecido, canta, roda a camisa e fica pulando. O Preik fica sério, concentrado... Quase introspectivo. Já o Inácio parece que fica tenso, nervoso. Outros calouros também foram a esse jogo, mas ficaram no setor inferior.
Jogo de futebol é uma coisa muito engraçada. As pessoas se mostram completamente diferentes do que costumam ser na "vida real". Eu mesmo desconheço de onde eu tirei tantos vocábulos para ofender o árbitro e sua respeitosa (?) mãe. E isso no jogo do Botafogo, hein. Imaginem num jogo do Fluminense.

*Escrito metade na quinta-feira, 14 de agosto, e metade 2 minutos antes da postagem.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Coisas que só se vê no trem

Lembram das minhas histórias sobre o trem? Bem, aqui vai mais uma. Essa aconteceu na sexta-feira, no final da semana dos calouros. Eu entrei no trem de 20h45. Fiquei lá sentado lendo o jornal da UFRJ. Aliás, eu tava lendo uma reportagem com entrevista do Moha. Quando de repente, ouve-se uma explosão, o sistema de ventilação do trem desliga e a maioria das luzes se apaga. Algumas pessoas começaram a sair do trem pra ver o que estava acontecendo, mas como o sinal de 1 minuto pra saída começou a apitar, nós voltamos pra dentro. Nessa hora um cara muito alucinado começa a andar de uma ponta do trem à outra reclamando da explosão e falando coisas meio sem sentido. Tudo bem, esse tipo de maluco aparece no trem todo dia. Não me surpreendi quando o cara do sistema de som da Central avisou que “devido a problemas operacionais, o trem com destino a Belford Roxo não daria sua partida” e que deveríamos pegar o trem da plataforma 12, linha M.

Já acomodado no trem que supostamente me traria de volta à minha amada cidade que menos cresce na região metropolitana, voltei a ler o jornal, enquanto o maluco reclamava em voz alta da SuperVia, dos seguranças que não o deixavam andar sem camisa dentro do trem, da explosão, dos caras que o denunciaram pro segurança que ele estava fumando maconha... Daí o trem fechou e eu tive que fingir que não tava vendo aquele maconheiro imbecil (ops, desculpem pelo pleonasmo). Só que o trem ficou fechado e não deu nem sinal de que iria sair, o que começou a deixar as pessoas meio impacientes, principalmente o maconheiro, que não calava a boca. Quando trem abriu as portas e o sistema de som anunciou que o trem pra Belford Roxo sairia da plataforma 11, linha K, foi o caos. As pessoas começaram a correr e o maconheiro ficou louco. Ele começou a incitar o povo à depredação dos trens (lembrando que os trens não são da SuperVia, são do Governo do Estado, portanto patrimônio público) e chegou a começar um vandalismo particular, mas as pessoas estavam mais interessadas em correr pra pegar o outro trem do que em quebrar o que não iria sair. No meio da correria o maconheiro gritava palavrões a torto e a direito, enquanto os seguranças da plataforma 12 só olhavam, sem fazer nada.

Quando eu finalmente consegui entrar no trem da plataforma 11, voltei a ler o jornal. Daí surgiram umas vozes mais exaltadas no fundo do vagão, eu me virei e olhei. Só deu tempo de ver o segurança dando um mata-leão num passageiro e levando o infeliz pra fora do trem. Foi quase uma cena de cinema. Assim que o segurança pegou o cara, as portas fecharam e o trem saiu, como se tivesse sido combinado com o maquinista. Por sorte nesse trem não tinha como passar de um vagão pro outro, então eu não vi mais o maconheiro durante todo o resto da viagem, já que ele pegou um vagão à frente do meu, mas eu espero sinceramente que ele tenha sido retirado do trem com toda a truculência tradicional dos seguranças da SuperVia e sido expulso da Central. É gente desse tipo que dá má fama ao trem.

Ah, sim. Essa brincadeira atrasou a viagem em 17 minutos.

sábado, 9 de agosto de 2008

Bem-vindos, calouros!

Sintam-se em casa. Na verdade vocês vão fazer da ECO a casa de vocês pelos próximos anos. Alguns vão ficar 4 anos, outros vão ficar 6, outros vão passar uma temporada no Rocha Maia pra se curar de uma cirrose hepática... Enfim. O eixo Praia Vermelha-Botafogo-Copacabana vai ser o lar de vocês. É o único lugar onde vocês vão chegar às 10h da manhã pra uma partida das ECOlimpíadas e sair às 22h ansiosos pra voltar no dia seguinte. É o único lugar onde vocês vão chegar pra ter três aulas, descobrir que nenhum professor veio e sair no horário normal, como se todas as aulas tivessem acontecido. É o único lugar onde vocês vão substituir suas aulas por partidas dos mais diversos jogos de baralho. É o único lugar onde vocês não vão estudar absolutamente nada e passar com notas altas em algumas matérias. É o único lugar onde você vai descobrir que existe vagabundagem e picaretagem em nível superior. Isso é a ECO.

A semana dos calouros foi ótima. Coitado do calouro que perdeu qualquer um dos dias. A galera está integrada e se divertindo. Apesar de alguns escrotos que ficaram fazendo cu doce no primeiro dia, a semana foi muito boa. Destaque para a gincana, que pode ser considerada como o marco zero, o princípio da reocupação do Laguinho. Nosso amado Laguinho era um concretão morto, mas recentemente foi feito um projeto de paisagismo nele e hoje nós temos um agradável espaço, que infelizmente é pouco utilizado e, apesar das plantas, ficou mais morto que o concretão anterior. Queremos trazer a vida de volta ao Laguinho, mas o problema é que pessoas e plantas precisam conviver bem, então temos que evitar destruir, pro urbanista que fez o projeto não dar ataque e a diretora não vir descascar na gente... E pro Laguinho continuar bonito, né? Portanto, se a gente pediu várias e várias vezes pra vocês, calouros queridos, não pisarem na grama, não foi à toa.
Bem, como eu dizia a gincana foi um grande sucesso. Foi divertida, os calouros passaram vergonha, os veteranos foram seduzidos, suas bananas foram devidamente acariciadas e a pontuação então foi um primor. Destaque para o Hugo, que, apesar de ter sido o placar, venceu a gincana sozinho numa prova que eu nem preciso descrever, né? Quem viu, se divertiu, quem não viu, sorry. Merece destaque também a dança frenética do Felipe no meio do Laguinho e a Stephanie, claro... Deixa só ela virar âncora de jornal de TV pra ver se rapidinho as fotos da prova da banana não vão tomar a internet. Por falar nisso, temos um vídeo da Juliana no boletim das ECOlimpíadas que precisa urgentemente ser publicado, antes que se perca.

Ah, e parabéns aos baldes, que também marcaram presença durante a semana.

As fotos da semana dos calouros estão espalhadas por aí, mas estamos fazendo um esforço pra juntar todas no site do CA:

www.caeco.com.br

Visitem e vejam. Eu estou com 78 ótimas fotos aqui e com muita vontade de publicá-las.

--------------------

Esse é o retorno do meu blog. Talvez eu tenha algumas dificuldades em escrever muito pra ele agora por causa do meu estágio, mas ele não vai parar. Voltem sempre para ler mais. Semana que vem o assunto vai ser o jornal do CA. Leiam o jornal, porque ele é a realização de um sonho antigo de muitos estudantes da ECO.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Arraiá da UFRJ 2008

Ah, as festas juninas. Uma das melhores épocas do ano. Bandeirinhas, comidas típicas, fogueiras, frio, fogos, balões, incêndios, queimaduras de 3º grau... Ah, como são legais as festas juninas. É a nossa típica cultura nacional. Fico feliz que essa tradição ainda seja mantida em até hoje em dia.

A UFRJ também deu sua contribuição pra manter nossa cultura viva e realizou pela 5º vez o Arraiá da UFRJ. No campinho do campus da Praia Vermelha foi feita a festa junina do ano. O CAECO, depois de ter sido excluído da reunião de sorteio das barracas ficou com a de salgados de forno, que foi o que sobrou. Achamos que seria um fracasso absoluto, mas não é que os salgados venderam mais que maconha em boca de fumo? (Nossa, que comparação horrível). No primeiro dia nossos salgados acabaram mais de 3 horas antes da festa acabar, mas no segundo dia, graças aos meus cálculos apurados e ao meu feeling, os salgados duraram até depois do horário programado da festa e ainda assim foram todos vendidos (já que a festa não acabou no horário, assim como no primeiro dia).

Foram 350 salgados no primeiro dia e 650 no dia seguinte, com uma leve inflação sobre o pastelão no sábado.

Mas o que chamou mais atenção na festa foram a chuva e os furtos de sexta-feira. O Michel resolveu o problema dos furtos no sábado trazendo o cadeado da moto dele e prendendo todas as nossas mochilas à barraca, assim nenhum marginal faria o que fizeram com tanta gente no dia anterior. Já com a chuva não tinha o que fazer, o céu caiu e as pessoas invadiram as barracas. Ainda bem que a nossa já tinha fechado nessa hora.

No sábado eu bebi duas caipirinhas. NUNCA imaginei que eu fosse ficar do jeito que eu fiquei. Sóbrio eu tinha tomado cerca de 67 tocos da Vanu, mas bêbado eu acredito que essa conta tenha chegado aos 392. Dizem que tem mulheres que a gente vence pelo cansaço e eu não queria levantar boatos, mas tem roupa da Vanu no meu quarto até agora. Mas que seja, eu já tinha bebido mais do que duas caipirinhas e tinha ficado bêbado, mas não do jeito que eu fiquei na festa junina. Caramba, aquelas caipirinhas estavam muito fortes, ainda bem que meu primo tava na festa senão eu teria acordado domingo à tarde na Central abraçado com uma ratazana.

A pior coisa foi ter acordado bêbado no dia seguinte. Eu realmente não fazia idéia de que isso era possível. Eu só fiquei bem mesmo depois que eu comi metade de um pacote de Passatempo quase na hora do almoço. Logo que eu cheguei em casa eu já pensei: “Isso não é nada legal, melhor eu não deixar isso acontecer de novo”. Bem, agora é esperar pela próxima festa regada pra ver se eu vou deixar acontecer de novo ou não.

E só pra concluir, eu lembro de absolutamente tudo o que eu fiz e falei e não retiro nada, ok?

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Barraco no Palácio

Coisas da UFRJ... Quando os aplicados alunos da EC1 chegaram ao palácio para uma empolgante aula da linguagem gráfica, deram de cara com um corredor cheio de carteiras empilhadas e com a sua sala invadida por elementos de um corpo estranho na Praia Vermelha.

Seguiu-se o seguinte diálogo entre uma aluna da ECO e uma de DT:

-- Não vai ter aula agora aqui?
-- Se teria não vai ter mais!

--------

Passa-se um dia e a cena se repete. Aguardando ansiosamente pelo início da mais tensa das provas, os estudantes procuravam se descontrair em meio à bagunça provocada pelos invasores teatrais. Tocando violão e conversando amigavelmente, todos se divertiam, até que chega uma das bactérias infiltradas dando um leve chilique:

-- Ei! Pssshhh! Coleguinha do violão (Gabriel Medeiros)... Será que dava pra parar aí? Tá atrapalhando o ensaio.

Mas hein? Ela invade a nossa sala e ainda se acha no direito de mandar a gente fazer silêncio na porta da NOSSA sala invadida?

Mas ela não contava com o... Uhm... Digamos mau-humor (ovo virado vai pegar muito mal) do professor Antoun. Avisado de que a sala estava tomada por seres estranhos, o mestre foi tomado de fúria e quebrou o barraco! Chegou porrando a porta da sala, que, vejam que audácia, estava trancada! Mas a segunda porta não estava e foi aí que tudo aconteceu. Antoun já foi logo entrando e quebrando objetos de vidro que estavam encostados na porta.

A sensacional discussão foi assistida por 2 Mauros, 1 Renato e 1 Gustavo, que não fizeram a menor questão de disfarçar que queriam ver o barraco. Antoun falou, falou, falou, reclamou, quase mandou os teatrais enfiarem 60 alunos no orifício anal, mas acabou indo pra sala da ECE mesmo, afinal, perderia muito mais tempo enxotando os folgados e arrumando a sala toda de novo.

Depois disso, fica a reflexão: o que essa gente ainda tá fazendo na Praia Vermelha? Por que tem um curso de EBA na Praia Vermelha? E por que eles não vão logo pro Fundão? Eu é que não vou sentir saudades.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Lá Vem EC1 Descendo a Ladeira

É, parceiro. No final do período é que o bicho pega. A gente passa o semestre inteiro vagabundeando pela ECO pra chegar agora e... Vagabundear mais ainda \o/

Uns professores passam trabalhos, outros dão provas, a gente estuda, as aulas são cada vez mais escassas... E no final das contas todo mundo fica feliz. Entretanto não foi exatamente isso que aconteceu na segunda-feira passada. Dona Marta entregou as primeiras provas e aplicou a segunda, o que não foi de todo ruim, já que ninguém ficou abaixo da média e a segunda prova não foi a pica que todo mundo esperava. Mas logo depois da nossa querida Mudinha, veio a doce, cândida e tenra Nubinha.

Doca? Cândida? Tenra? Não depois da prova que ela deu. Nubinha passou o semestre sendo criticada pela maioria de seus alunos e na última aula, após uma despedida emocionada, conquistou a todos. Mas apenas 4 dias depois, deu uma prova matadora, cruel, sanguinária e fez com que todos seus queridos alunos deixassema ECO meio deprimidos naquela estranha e nebulosa segunda-feira.

Na quarta-feira (eu acho), foi a vez de André Parente. O professor mais criticado da ECO deu sua prova e acabou se mostrando o professor mais legal de todos. Não implicou, deu questões fáceis, não ficou marcando em cima igual urubu... Deu a prova mais tranqüila de todas e até quem não estudou nada (o/) saiu aliviado da sala naquele dia.

Agora restam apenas:
  • Prova do Antoun
  • Trabalho da Jagua
  • 37 trabalhos da Nathalie
  • Prova do Ref
Acho que não esqueci de nada. Agora com licença, tenho uma videoarte a apresentar.

sábado, 14 de junho de 2008

Próxima Estação: Central do Brasil - Perfis

Nesse post da série sobre trens urbanos do Rio, o foco é o público da minhoca de metal. Dentro de um trem existem os tipos mais diferentes de pessoas. Algumas são folclóricas e a maioria só serve pra incomodar e interromper o silêncio da nossa viagem. Ok, silêncio é só força de expressão já que a sinfonia metálica do trem é digna de uma apresentação no Rock in Rio. Mas vamos aos exemplares encontrados nos trilhos:

  • O suburbano comum – dispensa maiores descrições. É uma pessoa normal, ao contrário dos metidos a alternativos que contaminam a ECO. Geralmente é aquele homem/mulher trabalhador, um proletariado explorado pelas empresas capitalistas selvagens que só pensam nos lucros (contra burguês, vote 16! PSTU!).
  • Habitat - É o exemplar mais comum, encontra-se em todos os vagões.

  • O morador da “comunidade” – esse é o pior tipo que freqüenta o trem e é o maior responsável pela sua má fama. Ele geralmente mora no Jacarezinho, fala como um marginal, age como um marginal, costuma ser torcedor do Framengo, fica andando pra lá e pra cá quando o trem está vazio, se ajoelha no banco pra olhar pela janela, não consegue manter uma conversa a menos de 137 decibéis e é tão educado quanto um pitbull babando espuma. (Obs.: um suburbano comum pode morar na “comunidade” sem se encaixar nesse perfil).
  • Habitat - O último vagão, onde pode fumar e cheirar livremente.

  • O pastor – Tá... Não dá pra dizer que o favelado é o pior tipo que tem no trem. No que se refere a incomodar viagem, ninguém faz isso tão bem quanto o pastor. Ele não se importa se você não é da igreja, não se importa se você não é cristão, não se importa se você votou no Cesar Maia, ele não faz distinção, grita e incomoda a todos por igual. O pastor parte do pressuposto que todos os passageiros do trem vivem em pecado e vão pro inferno. A missão dele é fazer com que você se sinta mal, te comparar a assassinos em série e te deixar mal-humorado. Se você quiser ler alguma coisa, pode esquecer, quanto menos atenção você presta, mais ele grita. Mas é bom ressaltar que isso deixa todas as outras pessoas no direito de manifestarem suas religiões no trem, então o dia em que aparecer um monte de baianas de branco cantando e fazendo despacho no vagão, nenhum crente vai ter direito de reclamar. E ainda vai ter que cheirar fumaça de charuto e cantar pra subir.
  • Habitat – Não é bem definido, geralmente estão no segundo ou no terceiro vagão, mas eventualmente invadem o primeiro.

  • As ovelhas do pastor – O que seria de um pastor sem suas ovelhas, né? Nos horários de rush elas estão sempre lá. Elas cantam, gritam, choram, dão testemunho e ainda tocam pandeiro dentro do seu ouvido. Amém igreja? Amém, brother.
  • Habitat – Geralmente são encontrados grudados no saco do pastor.

  • Os jogadores – Esses até que são divertidos, apesar de barulhentos. O cassino deles não precisa de nada além de um baralho e uma pasta que sirva de mesa. É jogatina do começo ao fim da viagem.
  • Habitat – As extremidades do primeiro vagão.

  • Os estudantes – Esse tipo se mistura facilmente ao suburbano comum, ser com quem convive sem problemas. Os estudantes universitários (tipos raríssimos, mas que estão começando a se multiplicar) costumam se vestir melhor do que a média e é o único grupo onde se encontram exemplares bonitos do sexo feminino. Existem também os estudantes do fundamental, que são um pouco mais comuns que os universitários e também convivem sem problemas com outras espécies.
  • Habitat – Todos os vagões.

  • O importante – Esse é ainda mais raro que os universitários. Pode ser identificado pela roupa que usa. Camisa de botão e eventualmente até terno, porém raramente usa pasta, geralmente está de mochila. Exemplares femininos são raros nessa espécie.
  • Habitat – Qualquer vagão (raramente há mais de um no mesmo trem).

  • A escandalosa – Essa espécie vive em inquilinismo com os moradores da “comunidade” e é mais fácil de ser encontrada entre os jogadores. Barraco é com ela mesmo. Gosta de aparecer, de falar alto, de zoar os muitos homens que sempre estão em volta dela. Ela é a rainha deles e só é o que é porque eles estão por perto.
  • Habitat – Qualquer vagão, porém é mais comum no primeiro.

  • Os vendedores – Esses sim representam o clássico folclore ferroviário do Rio de Janeiro. Vendem de tudo. Alho, baralho, cotonete, escova de dentes, Maxi, Halls, pipoca doce, picolé, cerveja, água, fone de ouvido, radinho de pilha, pilha pro radinho, paçoca, amendoim japonês, amendoim em cone, pingo de leite, naftalina, essência de amaciante, jujuba, bala, descascador de alimentos, jornal Extra, Expresso, O Dia, Meia Hora... Não há nada que esses caras não vendam.
  • Habitat – Andam por todos os vagões.

Esses são os tipos mais comuns e que mais me chamam atenção no trem. Vou concluir logo esse post porque estou caindo de sono e escrever muito nessas condições resulta num texto de merda que descamba pras palavras de baixo calão e acaba tornando a leitura desagradável e de baixo nível. Agradeço aos que leram até aqui. Durante essa semana vou tentar desenvolver um post sobre a Festa dos Calouros 2008.1 (se eu lembrar dela, claro).

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Próxima Estação: Central do Brasil (Piloto)

Todo mundo sabe que o transporte público no Rio de Janeiro não é lá essas coisas, ok. Os ônibus são caros e desconhecem licitação, o metrô é o mais caro do mundo e mais parece um trem levando judeus para um campo de concentração. Hitler se sentiria homenageado se visse um metrô do Rio hoje. Das barcas nem é preciso falar nada, acidentes na baía e embarcações à deriva falam por si. Bicicleta? Piada, né? Se você tiver grana pra morar na Zona Sul, talvez encontre uma ciclovia pra andar com a sua. É claro que pra quem gosta de fortes emoções, a Linha Vermelha está sempre ali. Aliás, bike na Linha Vermelha deveria ser uma categoria dos X-Games.

Mas chega de enrolação e vamos direto ao assunto: os trens urbanos fluminense. Alguém se lembra de como eram os trens quando a rede sucateárea, digo, ferroviária foi concedida à SuperVia em 1998? Claro que não, já que somente uma leitora minha (33,333...% do total) já andou de trem. Então já que ninguém sabe, eu conto:

- Uma viagem de Belford Roxo até a Central não levava menos de duas horas (hoje leva 53 minutos).
- Pegar um trem sem tomar antitetânica era suicídio.
- Trem saindo no horário programado? Nem se o condutor fosse obsessivo-compulsivo.
- Perder um trem significava algumas horas mofando na estação até chegar o próximo.
- Morrer no trem era super normal. Era só um metido a esperto querer dar uma de fodão e... Pronto. O corpo caía de lá de cima do trem igual a um carvão, prontinho pra sair na capa do Dia. Acreditem, isso era mais comum do que botafoguense chorão.
- E as pedradas então? Os favelados faziam o trem de bateria de escola de samba. Era só ouvir o criadouro de tétano chegando que os pivetes iam correndo pegar pedras pra brincar de tiro ao alvo com as cabeças dos passageiros.

Eram tempos difíceis aqueles. Além disso, o Fernando Henrique era presidente, o Garotinho era o governador, a seleção perdia a Copa da França e não existia internet banda larga (na minha casa ainda não existe ¬¬).

Os novos trens coreanos da SuperVia

Eu não quero aqui fazer nenhuma homenagem à SuperVia porque isso não vai me dar nem um café da manhã de graça na estação (e olha que só custa 35 centavos). Só quero dizer que nada daquilo ali em cima acontece mais, mas ainda assim o trem é um laboratório com amostras típicas do subúrbio fluminense e vou falar mais sobre isso no próximo post. Vocês vão ver que o trem é muito mais do que uma caixa de metal barulhenta.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Quase um Mês

É... Foi quase um mês. Quase um mês sem escrever aqui. O que mais me desanimou foram os freqüentes problemas com a minha conexão aqui em casa. Tá insuportavelmente instável e lenta, mas hoje até que tá menos, então eu me animei a escrever.

O importante é que cá estou eu de volta ao meu espaço e vou resumir rapidamente os acontecimentos das últimas semanas:

1 - Encerramento (finalmente) das ECOlimpíadas com vitória da EC1 por 8709 X 10.
2 - Criação do bolão do Campeonato Brasileiro.
3 - Classificação do Fluminense para as semifinais da Copa Santander Libertadores.
4 - Formação de quadrilh... Ops, de chapa para disputar as eleições para o CAECO.
5 - Realização de advergame devidamente estragado pelo Arthur (o Jacob).

Esqueci de alguma coisa?

Bem, provavelmente sim porque muita água já rolou, muita coisa já aconteceu e a Festa dos Calouros bate à porta.

http://eco-ufrj.110mb.com

O semestre se aproxima do fim e parece que foi ontem que tudo começou. Nessa segunda-feira começaram os seminários da Nubinha. Eu fiquei até com vergonha de apresentar depois do Arthur (o Jacob). Ele se informou tanto sobre os anúncios e os anunciantes dele que eu senti vontade de acabar com a apresentação ali mesmo. Ele também montou uma apresentação de slides excelente. Ficou profissional! E pra concluir eu ainda paguei um mico durante a apresentação... Mas uma apresentação minha sem mico é como um jogo do Flamengo sem briga.

Então só pra concluir, vou me comprometer a escrever pelo menos uma vez por semana pra evitar que aconteça de novo o que eu deixei acontecer ultimamente. Mas também reforço que quem quiser escrever aqui será bem-vindo, contanto que siga a linha editorial, não cause embates diretos com o governo e nem comprometa a nossa verba publicitária.

Estive pensando em escrever uma série especial de posts com as minhas aventuras nos trens urbanos do Rio, mas imaginei que isso teria tanta repercussão e impacto quanto a morte de uma barata. Vou escrever um ensaio e publicar pra ver como fica.

terça-feira, 6 de maio de 2008

ECOlimpíadas - 10º Dia

A recuperação da EC1 começa a tomar forma. Depois de muito apanhar da EC2 e ensaiar uma recuperação, a turma parece ter reecontrado o caminho da vitória. Com um belo trabalho em equipe, os ímpares venceram os rivais da EC2 por 1980 X 1765 no jogo de stop.

Apesar da massiva divulgação, muitas pessoas não compareceram e por pouco a EC2 não perdeu por W.O. Luana e Bruno foram inscritos em última hora para competir ao lado de João Pedro pela EC2 contra Aninha, Juliana e Arthur, da EC1. Mas o time da EC1 estava afiado e não deu nem chances para a EC2, que venceu apenas a segunda e a quinta rodadas, dentre 10.

O resultado final ficou:

EC1 1980 X 1765 EC2

Por atual inoperância do Google Docs, divulgaremos amanhã a tabela completa com as letras sorteadas e os pontos de cada turma em cada rodada.

Hoje a falta de Ilana para torcer a levantar o moral de seu time foi bem clara, mas Jaque e Tay não deixaram a peteca cair e estiveram no CA prestigiando o evento e dando todo seu apoio à sua turma.

Espera-se que os próximos jogos tenham maior público. Amanhã deve ser finalmente gravado o boletim das ECOlimpíadas. Fiquem atentos, pois o vídeo será divulgado em breve no YouTube.

Nesta quarta, teremos buraco, joquempô e par ou ímpar nas ECOlimpíadas. Não percam!

terça-feira, 29 de abril de 2008

sexta-feira, 25 de abril de 2008

ECOlimpíadas - 9º Dia

Finalmente, uma vitória da EC1. Despois de 6 amargas derrotas seguidas, a turma se reergueu curiosamente no mesmo esporte em que ganhou sua primeira medalha, o basquete, mas dessa vez com as mulheres em quadra.

Não há dúvidas de que a grande heroína do jogo foi Amanda. Após um humilde discurso de que não sabia jogar basquete, Amanda entrou em quadra e aí não teve pra mais ninguém. A moça não deixou espaço para as rivais, driblou, chamou a responsabilidade, desafiou, correu, arremessou, passou e de quebra ainda fez algumas cestas, ou melhor, fez 6 cestas, fato que nem o time da EC2 inteiro conseguiu. Na verdade o time da EC2 inteiro estava mais preocupado em segurar a cestinha do jogo.

A sensação foi de que Amanda buscou toda a sua inspiração na personagem desenhada em sua camisa. Também vale dizer que a atuação espetacular da representante da EC1 não apagou o excelente jogo feito pelas outras meninas. Nina, por exemplo, jogou muito bem, deu ótimos passes e desarmou a EC2 várias vezes. Aninha e Vanu também jogaram bem e ainda tiveram a oportunidade de deixar suas marcas no placar. Por fim, Clarissa, apesar de um pouco afobada, também fez um bom jogo, arriscando alguns lances, mas assim como Nina, não pontuou.
Na EC2, a alma do time foi Jaque, o que também não diminui a importância de Nathália e Nessa, que jogou com muita garra, como sempre. Juliana fez um bom jogo e Marina também. Só quem apareceu um pouco menos foi Cibele, que não teve muitas oportunidades. Uma característica bem peculiar da Sereia é que ao dominar a bola, recuava para poder se livrar da marcação e arriscava de longe mesmo.

Quem pontuou no jogo foi: Aninha e Vanu, além de Amanda na EC1 e Jaque, Nessa e Nathália na EC2.

A partida começou meio morna e e ainda houve más línguas que dissessem que o jogo terminaria no 0 X 0. Alguns desconfiaram até mesmo da idoneidade do juiz, o que fez com que a discussão entre as torcidas (já comum nas ECOlimpíadas) fosse um pouco mais acalorada do que o normal. Por falar em torcida, onde esteve Ilana hoje? Parece que sumiu junto com o time da EC2.

O jogo, realizado em dois tempos de 15 minutos cada, terminou assim:

EC1 16 X 8 EC2

------------------------------------------------------

Hoje infelizmente o handball masculino foi adiado, mas logo será realocado no calendário. Outros esportes adiados já foram remarcados. cinco cortes e cabo de guerra, por exemplo, serão no mesmo dia do vôlei de praia. Tudo será na Praia de Copacabana (altura do metrô Siqueira Campos) ou no Leme. Isso será decidido em breve.

Confiram aqui o calendário atualizado

E vejam aqui o quadro de medalhas