terça-feira, 2 de dezembro de 2008

A chegada das férias

Depois de uma semana paradona, sem muita movimentação na ECO, o clima geral já é de férias. Um Lacombe aqui, uma Suzy ali e todo mundo quer receber a alforria (leia-se nota acima de 5) de final de período.

Como nada de muito interessante aconteceu na ECO e eu fiquei a semana passada inteira sem postar, vou contar uma experiência que eu passei no meu estágio. Primeiro eu já deixo claro que meu estágio é o melhor do mundo. E essa história aí que dizem que eu não trabalho é tudo intriga da oposição. Eu trabalho sim, mas como eu amo o meu trabalho, ele vira muito mais uma diversão do que um trabalho mesmo.

Semana passada, na quinta-feira, eu tive que ir ao Consuni (Conselho Universitário, a instância máxima de decisão da universidade) acompanhar a apresentação dos slides dos projetos previstos para a Ilha do Fundão de acordo com o Plano Diretor, que já é mais real do que muita gente imagina na Praia Vermelha. Acho que o auge da apresentação foi quando a Carol, que, como representante do DCE, possui voz e voto no Conselho, disse pro arquiteto que ele estava projetando a Ilha da Fantasia. Em off pra mim ela ainda acrescentou que os slides da apresentação pareciam mais uma novela do Manoel Carlos.

As obras todas devem começar já no ano que vem, mas nós sabemos muito bem que a UFRJ é mestre em postergar prazos. Vide CPM I e II. Quem quiser conhecer o Plano Diretor da universidade em imagens, pode baixar os slides, que estão em formato PDF nesse link:

http://www.poli.ufrj.br/arquivos/planoufrj2020.pdf

Infelizmente não tem os vídeos, mas se o pessoal de TI da Poli disponibilizar, eu ponho o link aqui também.

Mas depois ainda teve mais. O Consuni me tomou muitas horas, então, quando eu voltei pra redação do site, já tinha passado da hora de pegar o ônibus da UFRJ que leva pra Praia Vermelha. Além disso, um professor me ligou dizendo que o trem de levitação magnética que eles desenvolvem estava ligado e sendo apresentado. Mal conseguia acreditar que eu finalmente ia ver aquele troço funcionando. A estagiária da tarde, Vivian, chegou na hora que eu estava saindo pra ver o trem e eu a chamei pra ir junto.

Chegando lá, o Laboratório de Supercondutores estava cheio de engravatados. Estranhamos, pois professores não andam assim. Os caras eram na verdade executivos da Vale que estavam lá pra conhecer a tecnologia e, quem sabe, investir no desenvolvimento dela. É por isso que a Escola Politécnica tem dinheiro e a Escola de Comunicação não. Lembrando que já foi decidido em assembléia geral da ECO que os estudantes NÃO queriam que a Globo financiasse algumas coisas da Escola, como as CPM I, II e III.

Um dos professores que trabalha no projeto nos levou até o circuito para mostrar o trem funcionando. Incrivelmente, ele não precisa estar nem ligado pra flutuar. Um campo magnético formado entre o ímã (o próprio trilho) e o supercondutor (no trem) só precisa de resfriamento a uma temperatura absurda pra funcionar, o que é feito com nitrogênio líquido.

Legal também foi quando os professores fizeram um experimento mostrando o princípio do funcionamento para os executivos da Vale. Eles colocaram um ímã pra girar em cima de um supercondutor resfriado a -190ºC com nitrogênio líquido. Eles jogavam o nitrogênio e ele ia fervendo bem à nossa frente, fervendo igual água na panela mesmo, com bolhas e tudo. Mas a -190ºC. Um dos engravatados lá chegou a colocar um cartão da Vale entre o ímã e o supercondutor pra comprovar que não tinha nada mesmo.

Vejam o vídeo do trem.



Na curva o trem balança porque o trilho foi feito pra ele balançar mesmo. Os cientistas queriam estudar o comportamento dele em situações de trilho danificado e/ou irregular.

Agora um vído do experimento com o ímã e o supercondutor.



Os flashes ficam por conta dos executivos da Vale, impressionados com a tecnologia.

Mas isso vai além dos laboratórios da universidade. A UFRJ já projetou uma ligação entre Galeão e o Santos Dumont passando pelo Fundão. Os custos da construção e da manutenção desse trem são menores que os do trem comum, que são menores do que os do metrô, ou seja, nada impede a implementação real desse modelo na cidade do Rio e em muitas outras metrópoles do mundo.

Isso é UFRJ. Isso é o que uma unidade bem financiada pode fazer. Quando será que o governo vai parar de roubar pra investir seriamente onde tem que investir?

2 comentários:

*AninhaH RamoS* disse...

"Lembrando que já foi decidido em assembléia geral da ECO que os estudantes NÃO queriam que a Globo financiasse algumas coisas da Escola, como as CPM I, II e III."

Peseudo-marxistas anti-globo idiotas! ¬¬

Lucas Conrado disse...

"Lembrando que já foi decidido em assembléia geral da ECO que os estudantes NÃO queriam que a Globo financiasse algumas coisas da Escola, como as CPM I, II e III."

Peseudo-marxistas anti-globo idiotas! [2]

Legal essa história dos supercondutores! Queria ter visto a apresentação desse trem.

Agora, uma dúvida sobre a ECO no Fundão que ainda ninguém me respondeu. Falaram que vai ter maior integração entre os cursos. Aqui na Praia Vermelha, mal conhecemos os alunos que fazem Administração. Como é que vamos nos integrar com outros cursos lá no Fundão, onde um prédio está a pelo menos 100 metros do outro?

Pra mim nossa transferência pra lá é neguim ganhando dinheiro...
E estou falando sério