sexta-feira, 28 de março de 2008

Segunda Reunião

Bem amigos do Memórias, falamos ao vivo direto da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Hoje tivemos mais uma ótima reunião do COECO e decidimos mais alguns aspectos da nossa olimpíada. E já começamos com uma boa notícia:


Redução dos preços de inscrição
Como não estamos fazendo nada absurdamente profissional e reconhecemos que nossos preços ficaram um pouco fora da nossa realidade toscamente amadora, decidimos que seria melhor dar um alívio aos bolsos e assim fica a nova tabela:


1 modalidade - R$ 2
2 ou 3 modalidades - R$4
4 a 6 modalidades - R$ 6
7 ou mais modalidades - R$ 8



Agenda quase completa
Na verdade nós completamos a agenda, mas tivemos um pequeno problema com o feriado do Dia do Trabalhador. Nesse maravilhoso país cheio de feriados, acabaríamos por ter de parar as olimpíadas por muito tempo, o que não seria nada bom. Sem contar que nos dois dias seguintes ao final de semana prolongado não encaixamos nenhum esporte, mas...

Natação em aberto
... Estamos insistindo ainda na natação e o dia livre da piscina bate com o dia livre da olimpíada. O problema é que a liberação da poça envolve uma burocracia do cacete. Precisamos até do DRE dos alunos que vão participar da competição, então aí vai mais uma boa notícia:


A INSCRIÇÃO NA NATAÇÃO É GRATUITA! Quem quiser participar da natação só precisa se inscrever e dar o DRE para os membros do COECO e nada mais. 100% de desconto e parcelamento em até 12 vezes sem juros nos cartões VISA e Mastercard.


Esportes de manhã
Temos um grave problema com o campinho: ele não tem boa iluminação. Mas ainda não temos certeza das condições exatas, então na segunda-feira (ou talvez hoje mesmo, se der) vamos avaliar a iluminação do campinho pra ver se dá pra fazer esportes à noite lá. Caso seja breu total, vamos ter que fazer alguns esportes coletivos de manhã.


Destino do dinheiro
Agora finalmente o assunto que interessa a todos e semeia o ódio e a discórdia: as verdinhas (bem, verdinha é coisa de dólar... Aqui é verdinha, roxinha, vermelhinha, amarelinha, laranjinha e a desaparecida verdinha-agüinha). Decidimos NÃO destinar o dinheiro para a festa de calouros. A festa é bancada pelo CA e pelos ingressos, então não faz sentido cobrar nas ECOlimpíadas para ajudar a uma festa pela qual vocês vão ter que pagar de novo depois. Sem contar que nem todos irão à festa, então a idéia foi cruelmente limada e excluída. Decidimos que vamos aplicar o dinheiro das ECOlimpíadas em um retorno para os próprios participantes. Com o dinheiro, faremos uma gloriosa festa de encerramento na Praia Vermelha para confraternizar atletas, "atletas", alunos, integrantes do comitê e eventuais veteranos, que se mostraram animados com a nossa iniciativa.


Então por hoje já deu, né? Escrevi pra cacete. Ah, os cartazes com os esportes e os preços novos já estão colados pela ECO. Quem quiser se inscrever só precisa entregar a qualquer membro do COECO um papel com seu nome, esportes e e-mail.


Membros do COECO:
Amanda (a do violão) - EC1
Ana Paula Ramos (Aninha) - EC1
Arthur Jacob (o cachorrinho no orkut) - EC1
Jaqueline - EC2
Juliana (Biotônico) Fontoura - EC1
Mauro de Bias - EC1
Michel - EC2

Mas quem quiser participar só precisa ir às reuniões.
Segunda-feira não vai ter reunião do COECO por causa do Interseção (aliás, compareçam à reunião às 12h), mas provavelmente na terça às 11h vamos montar nosso comitê subversivo revolucionário de novo. Vamos confirmar isso e esplanar pra geral!ECOlimpíadas, a gente se vê por aqui!

quinta-feira, 27 de março de 2008

Primeiras definições

As ECOlimpíadas estão cada vez mais próximas e mais reais. As coisas estão mesmo tomando proporções maiores do que qualquer um poderia imaginar. Começamos com um tímido grupinho de calouros num banco no corredor e terminamos dentro do CA com chave e o escambau! Sem contar que a logo oficial foi definida.

Na reunião de hoje do Comitê várias decisões importantes foram tomadas:


1 – Modalidades esportivas confirmadas:


Esportes de verdade (ou quase isso):

Futebol (m/f)

Basquete (m/f)

Vôlei de quadra (m/f)

Vôlei de areia (m/f)

Handball

Corrida (revezamento)

Cinco cortes

Queimado

Bandeirinha

Mímica

Cabo-de-guerra


Esportes para sedentários:

Sueca

Buraco
Mau-mau

Xadrez

Adedanha (stop)

Totó

Sinuca

Jo-kem-pô (pedra, papel, tesoura)

Par ou ímpar


2 – Preços fixados:


Tudo bem, podem reclamar. Eu sei que a maioria de vocês acha escrotão colocar preço pra participar, mas esse dinheiro vai ser revertido em um bem comum pra todos nós. Nenhum centavo que vocês pagarem vai parar nas nossas contas na Suíça. Somos pessoas idôneas, de ficha criminal limpa e certificados pelo INMETRO.


A intenção é usar o dinheiro das inscrições na festa de calouros. Confirmaremos isso na próxima reunião.


Os preços são os seguintes:


1 modalidade – R$3,00

2 ou 3 modalidades – R$ 5,00

4 a 6 modalidades – R$ 7,00

7 ou mais modalidades – R$10,00


Na reunião de hoje também definimos a data de abertura, a primeira semana de competições e os locais também. Todas as modalidades serão disputadas após as aulas, porque tem muita gente que faz outra faculdade de manhã ou que não gosta de acordar cedo mesmo, como é o caso de 90% das turmas.

Amanhã já vamos ter cartazes prontos e devidamente colados nas salas.


Atenção aos que ainda querem ser parte do COECO, nesta sexta, dia 28, reunião às 11h, no CA.


ECOlimpíadas, porque se sujar faz bem.

quarta-feira, 26 de março de 2008

ECOLIMPÍADAS!

Preparem-se calouros de comunicação. Nesta quinta-feira, 27 de março, será realizada a primeira reunião do Comitê Olímpico da Escola de Comunicação, o COECO.
Em um estranho dia, um desafio de futebol foi proposto pelos mais exaltados componentes da EC2, mas os geniais alunos da EC1 chegaram à conclusão de que só o futebol não é suficiente para medir a capacidade competitiva das duas turmas. Então surgiu um singelo e despropositado comentário sobre a realização de uma olimpíada entre as duas turmas. A idéia foi crescendo e hoje já temos até um comitê, modalidades "esportivas", regras pré-estabelecidas e muitos colaboradores... Antes mesmo da primeira reunião.


Então, estou postando hoje para comunicar a todos que este será o blog oficial da ECOlimpíada 2008!


Aqui vocês poderão conferir as datas dos jogos, os resultados, as fotos, os vídeos, os boletins médicos dos atletas que forem para o Rocha Maia e muito mais.


Amanhã a primeira postagem, com a logo oficial será divulgada.


Então, como diria o Barão de Coubertin: "É nóis!"

quarta-feira, 19 de março de 2008

Algumas Impressões

Antes de começar essa postagem, eu discorri dois parágrafos e meio sobre um assunto que eu considerava relevante, mas como não sabia como terminá-lo, preferi deixá-lo abandonado. Ah, pra falar a verdade nem era nada tão relevante assim. E pra ser ainda mais sincero, esse post que você está lendo também não tem absolutamente nada de relevante. Eu só estou escrevendo porque eu não quero deixar meu blog abandonado muito tempo. Pobrezinho dele, tem andado tão sem assunto ultimamente.


Como não é difícil de notar, em menos de duas semanas de aulas, os professores conseguiram nos fazer acabar com metade do estoque anual de resmas da Aracruz Celulose. Acho que só a EC1 foi responsável pela derrubada de uns 30 hectares de eucaliptos nos últimos dias. Então a intenção desse texto inútil e absolutamente tapador de buraco é comentar alguns dos textos que nos foram empurrados recomendados.

Cinema de Vanguarda, Cinema Experimental e Cinema do Dispositivo – Será que eu sou o único daquela turma que acha que o cinema como arte é um troço absolutamente chato e desinteressante? Será que eu sou o único que não suporta assistir a 5 minutos de um filme de/para cinéfilos? Será que eu fui o único que notou que a primeira frase desse texto do professor André Parente foi o tema da redação da prova na qual nós fomos aprovados? E, pra concluir, será que só eu achei o texto chato? Tal e qual A Invenção de Morel?

A Invenção de Morel – Esse sim só eu achei chato. Uma rápida enquête feita pelo professor na sala mostrou que eu fui o único que achou o livro um sonífero em formato A4 (sim, eu xeroquei!). Uma narrativa extremamente lenta, confusa e eventualmente incoerente. Definitivamente um livro para amantes de artes. E olha que eu gosto de ler, hein.


Os Aldrovandos Cantagalos e o Preconceito Lingüístico – Assim como os outros textos de língua portuguesa, esse me fez sentir um completo ignorante retrógrada. Sim, eu sou conservador com a língua; sim, eu gosto de falar corretamente; sim, eu acho a gramática importante. É claro que ela tem lá seus exageros e eu não sou perito nela. Tem certas coisas impraticáveis na gramática e eu mesmo cometo muitos desvios, mas sejamos sinceros... Quem não gosta de ler primores como o Hino Nacional? Quem não gosta de ler uma mesóclise num texto? Quem gosta de ouvir “pobrema” ou “a gente vamos” ou ainda “tem menas gente”? A gramática é importante, sim! Sem ela a língua vira bagunça e enquanto minha opinião permanecer a mesma, serei um defensor da gramática, mesmo que minhas próprias palavras me traiam denunciando minha falta de conhecimento completo da dita cuja.


Eu queria poder comentar mais textos, mas eu não li todos e alguns eu não sei onde estão. O do Luft por exemplo (que eu tenho que fichar ou resumir até segunda-feira) simplesmente desapareceu. Como vou fazer o trabalho? Não sei, mas se alguém quiser dispor o seu pra mim, eu prometo que mudo completamente as palavras. Só quero poder ter uma base. Sejam bonzinhos e ajudem um colega necessitado. Grato.


Ps.: Em breve, comentário de A Invenção da Pornografia, com direito a ilustrações.


sexta-feira, 14 de março de 2008

"Aula? Que isso?"

Finalmente eu entendi o significado dessa frase exaustivamente repetida pelos nossos queridos e idolatrados veteranos. Eu teria me arrependido amargamente se tivesse ficado de preguicinha na cama e saído só pra aula da tarde (como eu bem queria fazer e como o tempo também convidava), mas resolvi encarar a situação, afinal, não é sempre que se tem a oportunidade de se ter uma “aula inaugural” com o MVBill.


Peraí... Eu nunca comprei um disco do MVBill, eu nunca prestei atenção a esse cara na televisão, eu nunca nem ao menos li o livro ou vi o filme dele (não por falta de interesse), então por que cacete eu deveria levantar da cama às 8 da madrugada pra encarar uma jornada até o Reino Tão Tão Distante só por causa de um cara cuja existência eu ignoro completamente?


Sei lá! Só sei que mesmo atrasado, eu fui.


Tudo bem que o rapper chegou mais atrasado do que eu, mas isso é só um detalhe. Do jeito que estava o tempo, eu já considerava o atraso dele como certo. Fico feliz que eu tenha ido a essa aula inaugural. Eu não esperava de jeito nenhum encontrar o que eu encontrei no auditório do CFCH hoje. Nada de radicalismos, nada de exaltações, nenhum convite à luta armada e nem fundamentalismo islâmico. O cara propôs um debate humano sobre racismo. Ele conseguiu promover uma discussão aberta quebrando preconceitos (inclusive o meu). Horas depois da aula eu percebi que eu estava olhando o mundo de uma forma diferente. Foi aí que eu percebi que aquele Michael Kyle da CDD era além de líder, também um formador de opinião.


Depois de perder uns 3kg de gordura que foram absorvidas pelo buraco negro que se formou no meu estômago durante a aula, comi um podrão no Sujinho para ter energia para as aulas seguintes... Aulas? Que aulas? O professor esquisito da matéria escrota faltou (pelo menos eu acho que foi ele que faltou, eu nem olhei o horário ainda) e um outro que eu nem conhecia ainda estava envolvido com monografia, tese, ou sei lá o quê.


Enquanto meus colegas da EC1 se divertiam alegremente jogando Mau-Mau e adedanha, eu estava naquela droga de fila da xerox esperando os papéis que consumirão minha horas pelos próxximos dias. Mas acho que isso é bom, porque eu passo pouco mais de 3h dirárias no transporte... Tenho que ter alguma coisa pra fazer nesse tempo, né? Estudar me parece a melhor opção.


Hoje sentimos falta do paraguaio. As meninas acham que ele ficou doente, mas como ninguém tinha o telefone dele, ninguém ligou pra saber se ele estava ao menos vivo (ou deportado).


Então vejo todos vocês no nosso encontro diário segunda-feira que vem. Quem sabe não rola até uma aula, hein?

terça-feira, 11 de março de 2008

Vencido Pelas Bactérias

Vai entender os mistérios do corpo humano. Ontem, quando eu estava no ônibus voltando pra casa, senti minha garganta incomodar um pouco. Não liguei muito, mas já estava pensando no remédio que eu iria tomar caso piorasse. Durante horas nada mudou muito, mas foi só eu vir para o meu quarto à noite que a dor na garganta se tornou insuportável! Infelizmente não tinha remédio em casa, só um antibiótico que eu tomei antes de dormir. E eu nem cogitava a hipótese de faltar aula hoje.


Acordei pior do que quando fui dormir, mas eu me recusava a faltar aula. Também senti que parecia que eu ia ficar com febre, porque tava um sol de fritar ovo no asfalto e eu tava com frio. Ainda tentei almoçar antes de sair, mas foi impossível. A comida simplesmente não descia. Mas eu sou brasileiro e não desisto nunca. Taquei o antibiótico dentro da mochila e fui embora pra faculdade. Mas pra falar a verdade, acho que teria sido melhor ficar em casa. Eu fui piorando significativamente no caminho e a primeira coisa que eu fiz quando cheguei à Central foi pegar o próximo trem de volta a Belford Roxo. Acho que foram as viagens de trem mais longas da minha vida.


À tarde eu senti que estava com febre e peguei um termômetro... 40º!!! Como eu consegui esse absurdo todo? Foi tão de repente. Ontem eu estava bem, na praia com meus colegas da faculdade e hoje eu estava jogado no meu sofá com um criadouro de bactérias na garganta, uma febre tenebrosa e sem nenhuma capacidade de reação. Aliás, o escroto do cachorro do meu irmão se aproveitou do meu estado para roer o fone do meu MP3. Filho da puta!


Minha salvação foi a minha mãe ter comprado um carregamento de remédios hoje à tarde. Graças a eles eu melhorei bastante, mas minha cabeça e minha garganta ainda doem um pouco. Espero que amanhã eu consiga ir pra faculdade, porque eu ODEIO faltar aula. Ainda mais quando 25% de faltas já são o suficiente pra reprovar.


Ah, e eu agradeço a preocupação da Juliana e da Aninha, que deram minha falta e ligaram pra saber como eu estava. Obrigado, meninas.


Ah, gente. Só pra concluir. Hoje minha mãe mandou uma pérola muito boa. Tipo, do nada ela mandou pra mim: "Você não fica lá na praia fumando bagulho não, né?". Hahahaha. Excelente! Claro que eu disse a verdade e ainda deixei a galera bem na fita, porque disse que nenhum dos meus colegas faz isso. Pelo menos ninguém ainda fumou nas nossas rodinhas na praia, rs.

segunda-feira, 10 de março de 2008

O Melhor Lugar do Mundo

Não sei se é a empolgação inicial, mas eu to gostando demais dessa faculdade. Tudo bem, foi só um dia de aula, mas eu sinto claramente que eu estou finalmente onde eu queria estar. Depois de me sentir um peixe fora d’água durante meses na arquitetura, finalmente eu me sinto em casa. “Mas foi só uma aula” dirá você, querido leitor. Pois é. Foi só uma aula, mas não há dúvida. A “aula” de Teoria da Comunicação I não disse muita coisa, mas a de Linguagem Gráfica e a de Língua Portuguesa I foram ótimas. Eu nunca imaginaria que uma aula de língua portuguesa pudesse ser daquela forma. Ok, foi só a primeira aula e as coisas podem mudar (e muito) no decorrer do semestre, mas de cara eu já gostei muito de tudo o que vi.


Hoje foi aniversário do Gabo. Não sei se foi por causa disso, mas nós fomos à praia de novo depois da aula. Eu me sinto realmente vivendo um sonho. Nós saímos de uma aula do curso de comunicação social na UFRJ pra ficarmos na Praia Vermelha, embaixo do Pão de Açúcar, cantando acompanhados pelo violão da Amanda. Dava pra ser melhor do que isso? Não dá nem vontade de vir embora.


Hoje, pra deixar as coisas mais divertidas, apareceu um louco/mendigo/bêbado (não notei qual era a dele, mas parecia mais fugitivo do Pinel) que se autodenominava “Bactéria”. Ele sentou na roda com a gente, cantou, bateu palmas, cumprimentou todo mundo e ainda virou “best friend forever” da sereia Cibele, com quem ele brigou e fez as pazes em menos de 10 minutos. É o tipo de coisa que me comove.


Infelizmente tive que vir embora logo, pra variar. Peguei o último trem pra Belford Roxo e dei a sorte dele ter ar-condicionado :) Não sei se tem acontecido só comigo, mas nas últimas 3 vezes que eu andei de trem eles tinham ar-condicionado. Espero que as coisas continuem assim, porque pegar trem às 11h da manhã sem ar-condicionado é um pouco sofrido.


Eu sei é que mesmo com a minha longa viagem diária até a Praia Vermelha, não sai da minha cabeça a impressão de que eu estudo no melhor lugar do mundo.

domingo, 9 de março de 2008

A Hora de Encerrar

Desculpem o atraso desse post, mas na sexta-feira eu simplesmente não cheguei em casa. Na sexta as coisas não deram muito certo pra mim e elas já começaram a dar errado na quinta. Eu resolvi ir fantasiado de médico, mas só consegui pegar o jaleco de uma enfermeira (mãe da minha vizinha) na noite anterior à gincana. Ok, mas o problema não era esse. O problema era o nome escrito no bolso do jaleco: “Ana Cristina”. Eu não gostaria de sair desfilando por aí com um jaleco me identificando como “Ana Cristina”. Daí a minha vizinha falou: “Põe um esparadrapo em cima do nome. Minha mãe faz isso quando o hospital não exige o nome no jaleco”. Ótimo... Mas quem disse que tinha esparadrapo na minha casa? Tive que pegar durex e um pedaço de papel branco pra cobrir o nome. Pelo menos isso eu consegui, mas o bendito do jaleco estava úmido e eu tive que deixar secando durante a noite. Na manhã seguinte estava seco, eu o coloquei na mochila e comecei minha viagem rumo à ECO.


Cheguei atrasado por causa de um engarrafamento inexplicável e fui vestir a minha “fantasia”... Surpresa: o jaleco ficou apertado. Fiquei meio sem saber o que fazer, mas a opção era uma só: guardar o jaleco e ir com a cara e a coragem pra gincana. Por alguma eventualidade, eu consegui a “fantasia” de ceguinho. Coisa de humor negro, mas não foi nada engraçado. Sei que logo eu já tinha me livrado da suposta fantasia pra poder correr de costas até o campinho. Nossa, como foi cansativo aquilo. Não sei se o fato de eu ser sedentário ajudou, mas sei que no final da corrida eu não era ninguém.


Nós tínhamos sido divididos em três equipes: Equipiru, Equipiranha e Equigalinha. Antes da corrida rolaram algumas provas da gincana ainda dentro do palácio. Eu sabia soletrar Refkalefsky. A minha única dúvida era se a última letra era “i” ou “y”, mas a minha pergunta não foi essa, eu não soube responder e levei torta na cara (na cara, no cabelo, dentro do nariz...).


A pior brincadeira foi a do palito. Pelo menos podiam intercalar homens e mulheres. Eu fiquei no pior lugar possível nessa brincadeira. Mas escroto mesmo foram as meninas que não quiseram participar. Que besteira! Era só passar um palito. Será que elas nunca brincaram de passar cartão no colégio? Achei escroto mesmo. Depois as mesmas meninas não quiseram participar da brincadeira da maçã, mas pelo menos uma delas foi convencida a participar na última hora. As outras duas continuaram fazendo cobre glicogenado. No final da gincana o piru reagiu e subiu. Mas quando a gente tava pronto pra carcar a Equigalinha na prova da banana, aconteceram uns furtos bem escrotos e todo mundo broxou, inclusive o piru. Então a brincadeira acabou, com vitória da Equigalinha. Eu exijo uma recontagem desses pontos.


Ao final da programação oficial do dia o que todo mundo faz? Uma Tele-Sena pra quem respondeu “vai pro Sujinho”. Mas dessa vez não ficamos muito tempo. Logo todo mundo se assanhou pra ir pra Praia. Simplesmente rolou de tudo lá. E olha que eu nem fiquei até tarde, infelizmente. Morar longe tem seu preço. Mas voltando ao assunto... Conversamos sobre muitas coisas lá. Desde sexo até maconha. É... Nada muito produtivo, né? Não deixem suas mães lerem este blog (a minha daqui a pouco o descobre pelo meu orkut). Apesar dos apelos da Vanu pra que eu ficasse mais e dormisse na casa do paraguaio (lembrando que foi a Vanu que me “convidou” pra dormir na casa dele), eu não podia porque tinha que acordar cedo pra virar laje (explicando: virar laje é uma cultura suburbana. Quando uma casa está em construção e chega o dia de fazer a laje, os vizinhos e amigos da família vêm ajudar na obra, porque essa parte costuma ser muito grande, demorada e pesada. Em troca, a família oferece um grande almoço pra todos os que ajudaram. No meu caso foi um churrasco). Mas no final das contas era melhor eu não ter feito porra nenhuma, porque quando eu insisti com meu pai pra ter meu próprio quarto ele deu um ataque como se fosse crime eu não querer dividir quarto com meu irmão de 12 anos.


Pra concluir, eu saí da Praia Vermelha às 22:45 e cheguei em casa à 00:20. Como eu queria ter carro nessa hora. Pior ainda é meu pai ter carro e não querer emprestar nem querer me dar a habilitação. Meu pai é foda. Mas tudo bem. Um dia tudo se inverte, ainda mais quando se trata de pais e filhos.


Termino esse post por aqui. Se eu esqueci algum detalhe relevante, podem me chamar a atenção. Vou dormir daqui a pouco porque amanhã é dia.


Ah, quem quiser as fotos do trote, pode baixar nesse link:

sexta-feira, 7 de março de 2008

Só um comentário

Como todos devem ter percebido, o post de ontem saiu atrasado. Eu escrevi ontem, mas só pude postar hoje. Quanto ao post de hoje, vou escrever amanhã porque ainda tenho algumas coisas a fazer (como colocar o pacote de fotos no Rapidshare) e tenho que acordar cedo. Pelo menos o vídeo do Michel, Dario e Gabo dançando já tá disponível.



Um dia ganho!

Hoje vou fazer um relato curto. Por dois motivos: primeiro porque eu tive que sair cedo da ECO e segundo porque eu acordei às 5:30h da manhã e só agora (21h depois) eu consegui parar em casa. Escrevo isso enquanto minha maravilhosa conexão discada envia pro YouTube o vídeo que eu prometi.


Hoje eu cheguei à ECO vindo da longínqua Ilha do Fundão, onde fui rever meus colegas da arquitetura. Me diverti bastante com eles, ri, lembrei das histórias que nós passamos (e que mereciam um blog pra contar) e fiquei feliz. Interessante era cruzar com as pessoas no corredor e ouvir todo mundo perguntar: “Ué, você voltou?”. Enquanto conversava no corredor, vi passar um cara que tinha sido meu veterano quando eu entrei pra FAU. E lembrei que ele tinha ajudado no trote segunda-feira. Eu fiquei indignado! Ele tinha me dado trote na FAU e trote na ECO! Com que direito ele fazia isso? Cheguei a comentar isso com algumas pessoas. À tarde, na ECO, reencontrei esse cara e tive que perguntar: “Você faz arquitetura, né?”. Ele nem pensou pra responder: “Aquele é meu irmão. E eu sou seu veterano”.


PÁRA O MUNDO QUE EU QUERO DESCER. EU FUI CALOURO DE UM CARA E NO ANO SEGUINTE SOU CALOURO DO IRMÃO GÊMEO DELE? QUAIS AS CHANCES DE ISSO ACONTECER?


Bem, nessa quinta-feira tivemos o ECOturismo, passeamos pelo campus, conhecemos um pouco mais os locais e vimos melhor a beleza do nosso palácio. Foi realmente um passeio turístico. Até turista embasbacado com câmera tinha (yo). Por falar em “yo”, finalmente conversei com o tal paraguaio. O português dele é ótimo, só falta perder o sotaque (que ele não percebe que tem. Essa é uma vertente curiosíssima de se estudar uma língua estrangeira).


O auge do dia foi o pique-nique. Eu só queria ter curtido mais, porque parece que rolaram altas paradas depois que eu fui embora. Mas valeu a pena ter saído mais cedo. Assim eu pude rever a menina que eu passei 30 minutos procurando no prédio de letras hoje e saber que ela terminou com o namorado (\o/). Eu nem queria, né? Sem contar que eu matei as saudades de conversar sobre política com gente inteligente. Nada de marxistas utópicos ou de militantes da esquerda radical, e sim gente centrada e com a cabeça no lugar. Eu sentia muita falta disso.


Ah, só pra constar, quanta fartura teve no pique-nique! Tinha muita comida, muita mesmo. E comida boa. Até Pringles light alguém levou.


E por hoje é só isso. Espero ter boas histórias de sexta-feira.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Azul

Começo a escrever este post depois da linda vitória do meu Tricolor das Laranjeiras sobre o Arsenal no Maraca. Desculpem aê aos que ficaram acordados até mais tarde só pra secar meu time, mas meu Fluzão foi impecável hoje.


Mas vamos ao dia na ECO.


Palestras interessantes, assuntos relevantes, oficina produtiva, pré-estréia de filme... Incrível como as coisas estão caminhando bem essa semana! Primeiro foram as palestras falando sobre as habilitações. Os professores conseguiram expandir a minha dúvida. Agora comecei a considerar também rádio e TV, mas publicidade e jornalismo ainda estão bem na frente. Além disso, foi importante ver que na ECO não estamos lidando com pessoas quaisquer, é gente do mais alto escalão encabeçando o curso. Depois das apresentações, ainda teve uma palestra/bate-papo sobre mídia eletrônica no Brasil. FODA, com todas as letras! Se tivéssemos mais tempo e menos fome, poderíamos ter debatido assuntos ali durante horas. As questões levantadas certamente rendiam muito assunto.

Palestras encerradas, iniciaram as oficinas. A de criação publicitária foi espetacular. Tivemos muitas idéias legais e depois de algum polimento conseguimos produzir um conceito muito interessante e um anúncio que não seria só mais um no meio da poluição em que transformaram a propaganda.


Às 15h tivemos a pré-estréia do filme Fim da Linha. Uma excelente e interessantíssima produção. Não é daqueles filmes imbecis que só cinéfilos gostam. É um filme muito diferente e curioso, em alguns momentos até divertido. Segundo o diretor, o orçamento do filme foi de R$ 1.300.000,00. Nunca imaginei que cinema fosse tão caro. Tudo bem que o filme é bem produzido e teve até uma divulgação legal dentro da ECO (não sei como foi fora), mas é uma pena como o cinema brasileiro sofre pra poder conseguir um espaço dentro do próprio país, fora ter que vencer o preconceito do público brasileiro, que parece só querer ver os filmes da Globo Filmes e olhe lá. Já cansei de ouvir: “Lá vem você com essa mania de filme nacional. Filme brasileiro é uma merda!”. É uma pena ouvir isso.

Por fim, embarcamos para o Sujinho, onde depois de algumas cervejas (quentes), a galera se animou e colocou o Gabo e o Michel (que despertou uma paixão no diretor do filme Fim da Linha) pra dançar “Daniel Arcângelo” e “Felipe Herzog”, este último na companhia de Dario. Ainda bem que eu estava com uma câmera! Agora posso compartilhar com todo o mundo esse momento cativante. Vejam o vídeo abaixo.


(Em breve. YouTube estava em manutenção. Amanhã eu ponho o vídeo aqui)


Pra finalizar, umas partidinhas de sueca e mau-mau. Baralho não pode faltar nessa faculdade. O dia que acabarem com o baralho e com a cerveja, não vai mais existir social na Praia Vermelha. Aviso aos navegantes: a cerveja foi proibida na reitoria, espero que isso não chegue pros lados da Urca.


E por hoje foi isso. Amanhã vou levantar cedo pra ir ao Fundão, zoar uns calouros de arquitetura, rever meus colegas de lá e rir da cara dos professores escrotos. Até amanhã.

terça-feira, 4 de março de 2008

Oficina de Sujinho

Hoje foi um ótimo dia: não fomos humilhados (pelo menos não na maior parte do tempo), não fomos pintados, não extorquimos pessoas nas ruas, não assustamos transeuntes, ninguém olhou torto pra gente no caminho de volta pra casa... Foi tudo ótimo!


Fora beber e jogar sueca, a única atividade do dia foi a oficina. Na verdade havia milhares delas, mas cada calouro só podia participar de uma. Eu escolhi criação publicitária, mas a dúvida foi cruel, porque muitas outras também pareciam muito boas.

Uma coisa que eu percebi é que eu ainda vou queimar muito a minha língua nessa faculdade. Mas não vai ser uma queimadurazinha superficial não. Vão ser muitas queimaduras de 20º grau! Todo mundo que me conhece sabe que eu e a Globo nos amamos tanto quanto o Brasil e a Argentina. E pelo que eu vi lá, o evento que eu mais gostei, também é o evento que a Globo gostou muito: o Interseção. O projeto é excelente e sem dúvida eu vou querer participar. Mas claro que isso não é pra agora. Deixa o tempo passar e veremos como as coisas vão acontecer.

Após as oficinas... Sujinho, claro. Eu devo ter ficado mais de 4h lá. Até o final da faculdade eu viro alcoólatra e jogador. Hoje finalmente aprendi a jogar sueca (valeu, Gabo). Eu não podia entrar pra ECO sem saber jogar sueca, imagina que absurdo!

Mas pra coroar o dia, rolou uma brincadeira improvisada. Os calouros de direção teatral estavam tomando trote perto do Sujinho. Os veteranos de comunicação levantaram pra ver e menos de 5 minutos depois já tava sobrando pra gente, pra variar. Nos fizeram formar duas filas, uma de direção teatral e uma de comunicação, com os da ECO na frente, pra dançarmos “Daniel, Daniel Arcângelo” e depois “Felipe Herzog”. Aí aproveitaram pra avacalhar um pouco a nossa vida. Pediram pro nosso querido Calouro Etiópia (Dario) tirar a camisa e exibir seu físico, sendo posteriormente medido e comparado com uma pessoa não-subnutrida. Mas o melhor mesmo foi a veterana de direção teatral ensinando os passinhos de comissão de frente. Foi bem divertido. Na verdade foi tão legal que os veteranos resolveram unir os trotes de novo no dia da gincana.


Com certeza vem coisa aí... E não vai ser nada bom (pra nós, calouros, claro).

segunda-feira, 3 de março de 2008

Agora eu sou calouro e ninguém vai me segurar

Daquele jeito!


Começo esse tópico com uma promessa solene:


Ele não será gigantesco.


E vou me esforçar ao máximo pra que ele seja interessante.


Mais uma vez me perdi naquele palácio imenso. Na verdade ele nem parece tão grande assim, mas o problema ainda continua sendo o mesmo: tudo parece o mesmo lugar. Os pontos de referência é que salvam e ainda assim é difícil andar lá.


No auditório do CPM as pessoas conversavam animadamente, falavam alto, contavam intimidades de MSN como se fossem amigos de infância. Eu me senti O excluído da situação. Peguei o jornal do SINTUFRJ e fiquei lendo enquanto ouvia música. Com o tempo chegou o Henrique, depois a Vanessa e nós fomos pro fundão do auditório atrapalhar o câmera. Tá, a intenção não era essa, mas a gente incomodou um pouquinho. Tínhamos uma visão panorâmica de todo o local, quando vimos adentrar o ambiente nada mas nada menos que Dario vestido com uma camisa azul (?) altamente psicodélica, cheia de manchas multicoloridas,que faria qualquer usuário de LSD largar o ácido por causa da dita cuja.


A palestra foi maravilhosa. Só confirmou tudo o que eu sabia e esperava da comunicação e do mercado. Mas os mais atentos devem ter percebido que aquilo ali foi uma sessão de implantação do modelo capitalista contemporâneo. Eles falavam da perda dos direitos trabalhistas como se fosse uma vitória maravilhosa e julgavam os trabalhadores de carteira assinada como meros “apertadores de botões” arcaicos. Ok, deixando isso pra lá, o que importa é que nós somos mesmo muito privilegiados por estarmos nessa faculdade. Na ECO os coordenadores e diretores são muito próximos dos alunos, são simpáticos pra caramba e contribuem para a guerrinha entre as habilitações. Ah, eles também aproveitaram pra defender o REUNI de uma forma extremamente sutil, quase como uma mensagem subliminar profética.


Findada a palestra, seqüestramos nossa veterana Thais e a levamos para o Rio Sul. Almoçamos e voltamos à ECO para começar o tormento. Mas antes disso tivemos que dar uma zoada nuns calouros que estavam tomando trote lá. Gritamos com eles como se fôssemos veteranos e ninguém nem se deu conta de que éramos calouros. Ofereceram até ovos pro Dario jogar neles.

Tchan, Créu, Oh Happy Day e o Piripiri da Gretchen foram a trilha sonora do trote. A queimação de filme começou devagar. A caloura disse que só entrou na faculdade pra fazer sexo, depois preferiu não responder à pergunta sobre se preferia “fazer sexo com homens, mulheres ou homens e mulheres... E brinquedos”. Logo depois o amigo dela se queimou mais ainda, pois, apesar de se dizer heterossexual, disse que sua posição sexual preferida era... “Ativo”! Hauhauahauhauauha. A sala veio abaixo na gargalhada.

Saímos da sala fazendo uma simpática versão de Loxodonta africana e logo percebemos que até as partes mais íntimas de nossos corpos corriam o risco de saírem sujas dessa brincadeira.


Mas agora já chega porque os calouros (aqueles nos quais vou me vingar de forma cruel e impiedosa) estão lendo isso. Ah, e se até lá a “depilação” da minha perna ainda estiver aparente, não vou ter pena nem se ficarem de joelhos. To me sentindo um leão sem juba desse jeito!


Depois de tudo, começou a ser cogitado uma assunto de praia. Ipanema, Copacabana, Praia Vermelha... “Melhor Praia Vermelha mesmo, já ta aqui do lado, né?”. E fomos à praia: eu, Michel, Gabo, Nicolas, Cibele (nossa sereia), Nathalia e Jaqueline. Amarradões. Tomamos banho, tiramos foto, curtimos a praia, poluímos a água e depois voltamos. Dessa vez tive que tomar meu rumo pra casa. A essa altura eu já tava até perdendo o último trem pra Belford City e tive que voltar de ônibus, que apesar de ser BEM mais caro, é mais confortável e rápido, porque vem catando corno na Av. Brasil. Coisa de louco!


Sei que meu saldo do dia foi:

  • Um capacete de espinhos.
  • Duas queimaduras.
  • 3kg de areia na cueca.
  • Uma bolha no pé.
  • E um sorrisinho besta difícil de tirar da cara.