quinta-feira, 20 de novembro de 2008

A Revolução Não Será Televisionada

A revolução começou. Silenciosa, no meio da madrugada. Enquanto o mundo dormia, um grupo de estudantes munidos de idéias e cheios de atitude resolveu, de comum acordo, pôr um basta numa situação que não lhes agradava.

Naquela noite a nação dormiu tranqüila, sem saber que, quando acordasse, estaria vivendo num mundo diferente, onde a classe dominante não seria mais a mesma. Mal sabia a sociedade que aquele era o fim do discurso hegemônico. A madrugada de 19 de novembro ficará registrada para sempre como o dia em que o mundo testemunhou o que é possível fazer quando se tem garra e força de vontade.

Os líderes da Revolução de 19 de Novembro – Dario Maciel, Gabriel Medeiros e Gabo Vieira – elevaram aqueles que há tanto tempo estavam por baixo, esquecidos por aqueles que detinham o discurso hegemônico. Quando os donos do poder acordaram, descobriram que os rebaixados e esquecidos eram os dominantes agora.

O palácio já não era mais o mesmo. Pelos corredores o assunto era um só. Ninguém acreditava no que havia acontecido. A catedrática Suzy dos Santos, visivelmente abalada com a mudança radical nas estruturas de poder, cancelou o encontro que teria com os revolucionários, enquanto Consuelo Lins tentava fazer com que parecesse que nada havia acontecido, distraindo os membros do novo governo com produtos da Indústria Cultural. No Centro de Comando Acadêmico, os revolucionários falavam sobre a conquista do poder e sua luta para chegar ao Palácio da Praia Vermelha, retirando da posição de superioridade os antigos donos do discurso hegemônico.

A Revolução já trouxe inclusive conseqüências reais para os cidadãos. A junta que atualmente domina o discurso já tratou de levar ao ar um programa de auditório criado e apresentado por um premiado publicitário ligado ao novo governo. Nele, dois participantes concorrem entre si para que no final um dos dois saia com uma namorada. É a tentativa de reviver os valores familiares destruídos pelas antigas elites, que não conseguiam manter relacionamentos interpessoais.


Outra crítica muito forte dos revolucionários é quanto à imprensa tendenciosa que agia anteriormente. Grandes eventos gratuitos eram realizados ao ar livre para integrar os cidadãos, mas a imprensa os ignorava, fazendo com que quaisquer comentários a respeito fossem logo rebaixados e esquecidos. As antigas elites sempre se calavam sobre eventos populares. Entretanto, o estopim para a Revolução de 19 de Novembro foi a não realização da Festa dos Calouros. Conhecida como uma tradicional e folclórica festa de integração entre a população, a Festa dos Calouros foi sendo empurrada com a barriga e o seu cancelamento gerou uma irritação nacional, o que acabou gerando a revolução. Enquanto isso, mentirosos anúncios eram veiculados por todo o País assegurando sua realização. As antigas elites dominavam toda a imprensa.


Mas agora o mundo será diferente. A Revolução de 19 de Novembro traz novas esperanças ao povo, que dessa vez terá a oportunidade de falar e ser ouvido. O sol nasceu diferente no dia 19 de novembro de 2008. Ele finalmente nasceu para os menos favorecidos.

3 comentários:

Lucas Conrado disse...

Assim como tantas outras revoluções que prometeram trazer prosperidade, essa só está trazendo atraso e opressão!
A Inconfidência do Mineiro vem aí!

Totalmente Belas disse...

"Inconfidência do Mineiro" ?!

*AninhaH RamoS* disse...

Realmente... acho que vc tah precisando de uma namorada! AHSUhsuUSHUhs
Pq coisas pra fazer vc tem neh?